Abrates: 55 anos de ciência, inovação e protagonismo na agricultura brasileira

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Edição XXIX | 06 - Nov . 2025
   Ao completar 55 anos em 2025, a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates) celebra também a história da semente no Brasil e o papel decisivo da ciência e da tecnologia para o agronegócio.

   Em sua segunda gestão, o presidente da Abrates, o pesquisador Fernando Henning, destaca que a entidade tem sido um dos pilares da ciência e da tecnologia de sementes no país. “A Abrates é ciência, mas também é tecnologia. Estar à frente da associação é, antes de tudo, uma grande realização profissional e um imenso orgulho como brasileiro”, afirma.

   Henning enfatiza que a associação olha para toda a cadeia de produção de sementes – da pesquisa à inovação e consolidação de tecnologias. “Estar presente no processo de inovação é uma missão especial, que queremos ver fortalecida”, completa.

   A voz dos pioneiros
   A professora Odete Hafen Teixeira Liberal, fundadora e primeira presidente da Abrates, relembra que o início foi como “plantar uma sementinha que virou uma sequoia”. Hoje com 98 anos, celebra o crescimento da associação e a continuidade dos cursos iniciados pelo grupo de pesquisadores em Pelotas. “O que me dá esperança é a certeza de que o conhecimento e a ciência continuarão impulsionando o futuro da agricultura”, diz.

   O pesquisador aposentado Francisco Carlos Krzyzanowski, que presidiu a entidade por quatro gestões, reforça que falar da Abrates é falar da semente – a base do sistema produtivo e o elo entre o avanço científico e o resultado no campo: “Semente é vida, e a Abrates cumpre papel essencial ao difundir conhecimento e incentivar o uso de sementes de qualidade”.

   Para o também pesquisador aposentado Ademir Henning (presidente de 1999 a 2003), a Abrates é uma instituição consolidada e reconhecida. “A relevância da associação é grande, com congressos sendo um dos maiores encontros de sementes do mundo”, destaca.

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   O pesquisador José de Barros França Neto, presidente em duas gestões, lembra que os congressos já apresentaram mais de 12 mil trabalhos. “Essas pesquisas ajudaram a aprimorar a qualidade das sementes. A Abrates seguirá se fortalecendo e contribuindo para o avanço do setor”, afirma.

   Já o pesquisador José Rosalvo Andrigueto, presidente no período de 1989/1993, recorda que a associação ajudou a transformar a agricultura brasileira: “A semente foi o foco do nosso trabalho e se tornou peça-chave do avanço científico e tecnológico”, reforça.

   Por três gestões, o auditor fiscal agropecuário aposentado Scylla Cezar Peixoto Filho esteve à frente da associação. “A Abrates é uma ponte entre ciência, produção e regulamentação. Nossos congressos e cursos abriram espaço para pesquisas e formação de profissionais, impulsionando o agronegócio e inspirando novas gerações”, diz.

   O professor Silmar Teichert Peske, presidente de 2003 a 2007, lembra que a Abrates nasceu junto com o Plano Nacional de Sementes (Planasem) e contribuiu decisivamente para estruturar o sistema brasileiro de sementes: “Os associados da Abrates introduziram o controle de qualidade e tecnologias que ajudaram o Brasil a alcançar liderança mundial em produtividade, especialmente na soja”.

   Peske ressalta ainda que a fortaleza da Abrates está na sua publicação científica, o Journal of Seed Science, e na realização bienal de seu congresso. “O futuro aponta para uma inserção cada vez maior da associação como referência nos aspectos tecnológicos e comerciais da produção de sementes”, acrescenta.
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