Multiplicadores ABRASS abordam os desafios e resultados na produção de sementes de soja em diferentes estados do território nacional

   Uma das etapas mais importantes no processo de produção de sementes é a colheita. Neste período, toda a produção está dedicada para atender a demanda de sementes, tanto em quantidade e, principalmente, em qualidade.

   Estudos demonstram que a partir do uso de uma semente com alta qualidade aliada ao manejo integrado e a outras técnicas pode-se obter um aumento significativo de rendimento.

   Logo, todo o conhecimento, de como se processa a maturação das sementes e dos principais fatores envolvidos, é fundamental para a orientação dos produtores, auxiliando no controle de qualidade, principalmente no que se refere ao planejamento e a definição da época ideal de colheita.

   No entanto, diversos fatores ambientais e sanitários atuam e podem afetar a qualidade das sementes no campo, tais como temperaturas elevadas durante a maturação, flutuações da umidade ambiental, incluindo secas ou excesso de chuvas, deficiências na nutrição das plantas, presença de insetos, além de adoção de técnicas inadequadas de colheita.

   Inseridos neste cenário e com expertise técnica, os especialistas de empresas associadas a Associação Brasileira de Produtores de Sementes de Soja - ABRASS apontam questões essenciais para a fase da produção de sementes de soja em diferentes estados do país.

   “Semente é feita no campo! Nosso trabalho se dá em um escritório a céu aberto, sujeito a contratempos que não podemos interferir. Por isso, nossa função é eliminar erros no manejo antes, durante e depois da colheita. Então, não devemos falhar naquilo que depende estritamente do nosso trabalho, por exemplo: não dá para perdermos um campo de sementes por ataque de percevejo, nos preocupamos em monitorar os campos para mantê-los livres de ataques de pragas e doenças. Assim como, precisamos evitar o dano mecânico no momento da colheita ou por uma dessecação antecipada. Nossa missão é realizar o serviço de excelência diante dos fatores que podemos controlar para garantir ao cliente semente de alto vigor e potencial germinativo.” Marcos de Oliveira Silva – Gerente de qualidade, Cereal Ouro (GO) – associada à ABRASS.

   “No cerrado como o caso aqui do oeste baiano, é comum ocorrer uma perda bastante rápida do grau de umidade das sementes a campo, pela baixa umidade relativa do ar. Isso demanda bastante atenção quanto ao momento de entrarmos colhendo, para evitar atrasos na colheita, pois mesmo com a regulagem da máquina adequada fica difícil controlar dano mecânico em sementes muito secas. Por isso, prefere-se entrar colhendo o campo com as sementes mais úmidas. Nesse caso, é importante que a secagem seja realizada no menor espaço de tempo possível e de forma apropriada, para evitar perdas de qualidade. Esse acompanhamento da qualidade na originação da semente é constante e bastante rigoroso, pois essa etapa é primordial para garantir que teremos uma semente com alta qualidade para entregar ao nosso cliente, na véspera da semeadura.”
Sheila Bigolin – Gerente de Qualidade na Semente, Oilema (BA) – associada à ABRASS.

   “Tendo em vista o histórico de instabilidade agrícola nas últimas safras na região do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, as plantas oriundas de sementes com alta qualidade podem manter o potencial produtivo mesmo em situações de estresse. Em condições de déficit hídrico, por exemplo, plantas mais vigorosas possuem sistema radicular mais denso e profundo, o que permite maior resistência. Todos esses aspectos, aliados à correta plantabilidade e boas práticas de manejo ao longo do ciclo da cultura, influenciam diretamente na redução de problemas, como a incidência de plantas daninhas, menor necessidade de herbicidas, de ressemeadura, entre outros, resultando em elevado teto produtivo. Atualmente, no sul do país, os campos de produção de semente estão implantados e em desenvolvimento vegetativo e, semelhante ao que ocorreu na última safra, estão sofrendo com um período de estiagem. Para amenizar os efeitos e garantir volume de semente para a próxima safra algumas alternativas surgem como opção: a implantação de campos de sementes em áreas com disponibilidade de irrigação e realizar o plantio desses campos no período denominado safrinha, com o intuito de escapar do período de estiagem.” Darlan Eickstedt - Coordenador de UBS, Sementes Butiá (RS) – associada à ABRASS. 

   “A colheita de sementes de soja está em pleno andamento em Mato Grosso tivemos o alongamento do ciclo da cultura, o que ocasionou um atraso no início das colheitas. Por outro lado, os campos de produção estão surpreendendo positivamente pelo alto teto produtivo e têm contribuído para a obtenção de sementes bem nutridas e de boa qualidade fisiológica. Temos equipes comprometidas e focadas na colheita dos campos, a fim de garantir a colheita na hora exata e com rapidez, evitando que as sementes fiquem expostas a chuvas após o ponto ideal. A colheita é uma etapa crucial na produção de sementes neste momento requer, além do planejamento e alinhamento entre as equipes de campo e unidade de beneficiamento(UBS), muita atenção e dedicação para garantirmos que as sementes venham do campo com excelente qualidade e que esta seja mantida até a entrega aos nossos clientes.”  Marcos Tomazeli – Superintendente de Operações, Agro-Sol Sementes (MT) – associada à ABRASS.