Evolução no manejo da lavoura TSI – Solução pronta que garante praticidade, sustentabilidade, segurança e eficiência na produção.
 
    O Tratamento de Sementes Industrial é considerado verdadeira inovação com resultados positivos para a produtividade da soja.

    A busca por avanços através de estudos, testes e pesquisas quanto às novas formas de manejo e culturas no campo, ganham destaque todo especial nas soluções que auxiliam nas rotinas do dia a dia, no ganho de produtividade, na redução de custos e também na mensuração de resultados.

    O Tratamento de Sementes Industrial (TSI) é uma tecnologia que ajuda o produtor de soja desde o momento do plantio a diminuir seus custos iniciais de cultivo, cuidar da preservação do meio ambiente e ainda contribuir com a saúde física e o bem estar dos trabalhadores rurais.

    Neste cenário, o multiplicador de sementes de soja tornou-se o elo entre a ciência e o agricultor. Esta ligação garante a Leonardo Nogueira de Lerroville, produtor de soja de Londrina (PR), a eficiência na lavoura.

    “Vejo o TSI hoje como uma tecnologia, técnica da agricultura de precisão, que entrega a dose certa de princípios ativos do tratamento por unidade de semente e não por quilo como no tratamento On Farm. Isso oferece menor desperdício, melhora no controle gerado por cada molécula do tratamento acarretando em maior produção. Pois nem uma planta irá emergir sem a devida proteção”, detalhou o agricultor.

    No depoimento, pontos do tratamento ganharam relevância. “Um dos principais itens do TSI pôde-se destacar a segurança, já que obtemos a semente pronta para realizar a semeadura. Assim, nós evitamos o contato e também dos nossos colaboradores com os produtos fitossanitários. Destacas-se igualmente a ajuda que nos traz em logística, podemos pegar a semente e ir trabalhar dispensando a nós produtores o uso de máquinas na propriedade para essa função”, enfatizou Leonardo.

    A experiência do agricultor remete a comparação entre tratamento de sementes industrial versus tratamento de sementes “On Farm”. Em estudo realizado pelo Dr. Augusto Cesar Pereira Goulart, pesquisador na área de Patologia e Tratamento de Sementes com Fungicidas, da Desafios Agro - o comparativo das taxas de adoção do TSI vs. TS "On Farm" nas safras de 2016/2017 a 2020/2021 mostrou um aumento na utilização de sementes de soja tratadas, com destaque ao TSI com 35% na safra de 18/19 e 32% na safra de 19/20.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Ademir Assis Henning, essa evolução dos tratamentos de sementes tem sido observada e incentivada pela academia científica. “Até 1981 o tratamento de sementes de soja com fungicidas, nem era recomendado, nem se falava neste tratamento (TSI) para sementes. Então, nós conseguimos mostrar nesse mesmo ano que o tratamento com fungicida garantia uma melhor emergência das plântulas se houvessem condições e disponibilidade hídrica muito baixa. Em 91, fizemos um levantamento técnico que apontou que em 10 anos apenas 5% das sementes de soja eram tratadas, no Brasil. Pois, não tinham o produto líquido, o único era o Vitavax-Thiram, os outros materiais eram pó seco e pó molhável que utilizavam água e se misturava com rodo ou pá, em uma lona, sem nenhum cuidado e sem EPI (equipamento de proteção individual). Um tratamento horrível de péssima cobertura e aderência, tratava-se mais algumas sementes do que outras o que se tornava inconsistente. Na mesma década máquinas foram desenvolvidas e tratavam em torno de 60 a 70 sacas por hora. Nesse início tinha-se muito receio quanto aos danos mecânicos nas sementes, o que provamos que não acontecia pois as máquinas eram adaptadas. Quatro empresas que na época obtiveram esses avanços foram exemplos e com isso houve um progresso grande no TS, ele passou de 5%,12%,28%,48% e hoje está variando em torno dos 95%. O maior impulso de crescimento tecnológico foi com o TSI”, relatou o doutor em pesquisas da Embrapa Soja.