Neste período de entressafra o agricultor brasileiro tem uma tarefa essencial: a escolha da melhor semente para a melhor produtividade. A confiabilidade do uso de sementes certificadas, com a correta orientação e seleção do posicionamento, é o começo assertivo de um novo ciclo produtivo. Afinal, tudo começa na semente.

    O movimento de investimento e pesquisa nas indústrias sementeiras é constante e intenso, caminho para a perenidade dos negócios de quem leva alimento à mesa de milhões e milhões famílias: o agricultor brasileiro.

    “Somam-se anos e anos de melhoramento, de processo de breeding, a biotecnologia e a semente em si, a qualidade fisiológica. As sementeiras buscam levar esse conjunto com a maior qualidade possível ao produtor”, destaca André Schwening, vice-presidente da ABRASS.

    A produção de sementes de soja de alta qualidade em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em baixas latitudes, enfrenta diversos desafios, incluindo intempéries climáticas, excesso de chuvas durante a fase de maturação das sementes. Essas condições impostas pela natureza estimulam ciência, produtores de genética e multiplicadores a aprimorar, cada vez mais, estudos e a compreensão de fatores que possam interagir com a influência humana sobre a atividade produtiva.   

   "O multiplicador de sementes é um grande filtro das novas tecnologias.
    E a ABRASS busca levar para o agricultor essa consciência" André Schwening / Vice-presidente da ABRASS

    Dessa maneira, são criteriosamente e permanentemente pesquisados e avaliados critérios de permeabilidade das vagens, teor de lignina, teor de água, potencial de germinação, vigor e viabilidade, nível de deterioração nos bags, resistência a pragas e doenças. Um olhar criterioso sobre a semente, com a certificação de qualidade que todo produtor rural merece ter.

    Elo da cadeia
   “O multiplicador de sementes é um grande filtro das novas tecnologias, das novas cultivares que chegam para o mercado. Busca conhecer a fundo o timing de plantio, a melhor região e o tipo de solo para cada cultivar. Esse é um trabalho essencial e a gente busca levar para o agricultor, nosso cliente final, essa consciência”, observa o representante da ABRASS.

    O trabalho nas sementeiras é guiado pela alta profissionalização construída no setor ao longo das últimas décadas. “Há um processo de profissionalização intensificado nos últimos dez anos no setor sementeiro. As empresas regionais, na sua grande maioria familiares, investiram muito em infraestrutura, processos e pessoas. Essa maior profissionalização atende às exigências do agricultor por uma semente de alta qualidade. Juntos, agricultores e sementeiras, têm um foco comum: a produtividade”.

   Homogeneidade
   O representante da ABRASS ressalta que para além da busca individual por qualidade, o setor vem se articulando para fomentar melhorias coletivas em resultados. “A gente busca, enquanto associação, o crescimento da classe multiplicadora de sementes como um todo: de questões estruturais, políticas, legais. Temos trabalhado com empenho para influenciar, trazer conhecimento, mobilizar a classe em prol da homogeneidade maior na qualidade dos produtos e serviços entre as empresas”.