Começa o ano da soja

Edição II | 01 - Jan . 1998
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    A soja já teve predomínio em área cultivada na safra passada e seguiu ganhando área na atual. O mercado favorável comanda o aumento.

    A grande safra de verão apresenta no Brasil a ascensão da soja em detrimento de outras culturas, mas especialmente do milho. No total, espera-se a colheita de cerca de 80 milhões de toneladas de grãos, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento- Conab. 

    Mais de 1,4 milhão de hectares foram acrescidos à área de soja, com um aumento médio de 12,3%, do que se espera resulte uma colheita recorde. Em 96/97 plantaram-se 10,7 milhões de hectares,e se colheram 24,8 milhões de toneladas. Para 97/98 estão plantados 12,1 milhões de hectares e aguarda-se a colheita de 29,4 milhões de toneladas. O desestímulo dos produtores de milho com o preço fez cair em 14,8% a área de cultivo. Contudo, a milhocultura registra maior compra de calcário e adubo, além de bom uso de plantio direto, o que talvez signifique ganhos de produtividade. Foram 8,18 milhões de hectares que produziram 28 milhões de toneladas em 96/97, contra 7,09 milhões de hectares onde se espera colher 25 milhões de toneladas. 
    Já o algodão tem um forte aumento de plantio, quase duplicando a área. De 356 mil hectares na safra 96/97, agora passamos a 638 mil. Confirmadas as previsões, o Brasil colherá 882 mil toneladas de fibra, contra apenas 458 no ano passado. O trigo já está colhido. São 2,47 milhões de toneladas contra 3,19 milhões no ano anterior. 


    Oferta de sementes superou a demanda 
    Este ano, segundo fonte da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem) houve oferta de 865 mil toneladas de sementes de milho no país, mas ainda não se avaliaram os resultados das vendas. De antemão, no entanto, sabe-se que as cultivares mais técnicas tiveram reduzida a demanda. Por isso, mais um temor se acresce quanto à colheita: a produtividade deve baixar. 
    Além da área reduzida, as variedades mais produtivas, portanto de maior preço, foram preteridas em alguns lugares por outras, de menor expectativa. À esperança, agora, é de que haja correção no mercado com a próxima safrinha. Soja - A oferta de sementes de soja nesta safra foi 21% maior do que a do ano agrícola 96/97. De 783 mil toneladas passou-se a oferecer 924 mil para o plantio atual. 
    Já em outubro, devido aos preços elevados da soja no mercado externo, haviam sido consumidas 600 mil toneladas, com a preferência do Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, ondese registrou notável aumento da área plantada. No Centro Oeste e norte do Paraná predominou a opção por variedades precoces, resistentes ao cancro. Algodão - Desta vez o algodão registrou pequena retração na oferta de sementes. De 13 mil toneladas lançadas no mercado em 96/97, a oferta caiu para 12.700, tomando-se a redução da parte estatal, especialmente da CATI, como responsável pela mudança. Mas em 96/97, do total de sementes produzidas, nem 70% foram comercializadas, o que gerou o desinteresse estatal. Na safra passada a instituição paulista produziu 6.000 toneladas, total que caiu para 1.700 desta vez. Pequeno aumento de interesse por sementes ocorreu em Minas Gerais e Mato Grosso. 

    Arroz - Uma oferta de 125 mil toneladas, registrou um saudável interesse dos produtores. Segundo a Abrasem, o lançamento de variedades do tipo agulhinha, para sequeiros, fez cair o índice de desinteresse, o que não impediu no entanto que persistisse a tendência de queda da área de cultivo. 
    No Rio Grande do Sul anunciou-se boa procura pelas sementes tradicionais. Sorgo - A oferta não supriu a demanda, mas ainda não se revelaram os totais postos à venda nesta safra. Em 96/97 pouco mais de mil toneladas foi suficiente para suprir o mercado. O sorgo foi uma das alternativas encontradas por empresas agrícolas descontente; com o preço do milho. 

    Trigo - Houve redução da oferta de sementes, em função da qualidade do grão e da falta de recursos para capitalização das empresas beneficiadoras. De um total de 225 mil toneladas de semente! produzidas em 96/97, o nível caiu para cerca de 200 mil. O estado do Paraná, que produziu 150 mil toneladas na safra passada, mal chegou a oferecer 120 mil na atual. A expectativa é de redução ni safra. 
 


    À soja apresenta ótimo nível técnico 
    Um aumento de área estimado em 10% é prenúncio de uma excepcional colheita de soja este ano, se o clima permanecer favorável, segundo João Luiz Alberini, gerente de pesquisa da Monsoy, que considera o nível tecnológico dos trabalhos como de primeira grandeza. O aumento é decorrência da opção de tradicionais produtores de milho pela soja, nessa safra. A instalação das lavouras, da mesma forma que outras culturas, sofreu atraso devido às chuvas, mas de forma geral foi satisfatória. Alguns Estados conseguiram iniciar o plantio cedo, mas no Brasil Central, por exemplo,o atraso é notório. O agrônomo Airton Correa, da empresa Jotabasso, do Mato Grosso do Sul, confirma a demora. Na primeira semana de dezembro ainda não haviam passado de 75% da área prevista e acreditava que teriam pequena redução. 
    João Luiz Alberini diz que houve verdadeira correria quando cessaram as chuvas, com o plantio ocorrendo em período curto,o que significa também uma colheita muito pouco espaçada, comprimida mesmo em curto tempo. A partir de agora, na sua opinião, tudo depende do clima na época da maturação. A produtividade, Alberini concedeu entrevista em meados de dezembro,era ainda uma grande incógnita, pois as previsões eram de problemas climáticos em janeiro. De qualquer forma, a expectativa é de uma boa safra para os sojicultores, que ainda aguardam a confirmação de uma sombria previsão: a de que nos últimos anos ocorrem tragédias climáticas nos EUA em cada safra que se segue ao aparecimento do fenômeno El Niño. A previsão já tem reflexos na Bolsa. 

    Exportações - Apesar disso, as exportações do complexo soja, um dos principais produtos que ajudam a equilibrar a balança comercial brasileira, vai ter uma queda de 5,2%,o que equivale a cerca de US$ 5,6 bilhões. 
    A projeção consta do último relatório da Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove), ondese prevê uma colheita superior a 30 milhões de toneladas de soja nesta safra, volume 11% maior do que o de 96/97. A perspectiva, ainda, é de os preços não alcancem os ótimos níveis de 97, que registraram a cotação média de US$ 294 a tonelada. A Abiove trabalha com uma projeção de US$ 260 a tonelada para 98. 
    Os estoques mundiais estão parcialmente refeitos, mas as cotações não devem baixar muito, segundo a entidade, que registra ainda uma possibilidade de aumento das exportações. Prevê-se que as exportações de grão atinjam 7,5 milhões de toneladas em 98, com uma queda de 9,6% em relação a 97, enquanto o farelo deverá aumentar os embarques em 14,3%, ou cerca de 11,2 milhões de toneladas. O aumento de preço de 97, que ocasionou o acréscimo na área de cultivo, não deverá se repetir, pois já se prenunciam safras recordes tanto no Brasil quanto na Argentina. 


    "A instalação das lavouras da soja é considerada de ótimo nível" 


    Arroz tem pequeno aumento de área 
    Há uma expectativa de ligeiro aumento da área cultivada com arroz no Rio Grande do Sul, algo em torno de cinco por cento, mas a produção é uma incógnita devido às variáveis condições climáticas. 
   Esse Estado representa mais da metade da produção nacional de arroz. O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) fala em torno de 816 mil hectares, contra 779 mil na safra passada. A instalação das lavouras sofreu pequeno atraso devido às chuvas de novembro, quando o trabalho parou por até 20 dias em alguns locais, mas houve recuperação no final daquele mês. Em dezembro completou- se o plantio. 
    A partir de agora todo orizicultor depende do clima. Precisa parar de chover e o sol brilhar para que a cultura se desenvolva. A luminosidade é essencial, principalmente na fase de granulação, como lembra o agrônomo Guinter Franz, gerente da Granja Quatro Irmãos, do grupo Josapar, que plantou este ano 7.000 hectares contra os 6.600 do ano anterior. Franz acredita que se o verão for quente e luminoso poderá haver sensível aumento na produção, que pode chegar a 15 %. Mas revela certa ansiedade pelas previsões de tempo, que insistem em anunciar chuvas para o período. De qualquer forma, diz que a instalação das lavouras é excelente e que a emergência é das melhores. Até meados de dezembro sua impressão era a de que seria um bom ano para o arroz. 
    As últimas semanas do ano registraram baixo consumo de arroz, o que manteve estáveis os estoques e preços pouco alterados, com recuo de alguns centavos no preço da saca de 50 quilos do produto com casca. A tendência mostrava claramente a satisfação do mercado com o plantio. 
    Em dezembro a Federação das Cooperativas de Arroz (Fearroz) solicitou ao MAA a renovação da portaria que obriga o pagamento à vista das importações de arroz de qualquer origem, cujo vencimento ocorreria no fim do ano. A medida representa uma barreira contra as importações subsidiadas de outros mercados, além de dificultar a especulação financeira com o produto na área do Mercosul.  
    A Fearroz está otimista com relação à próxima safra, especialmente em relação às vendas. Mas está lutando para que o Governo implante mecanismos que garantam melhores resultados no início da safra, quando o produtor costuma vender forte para enfrentar os compromissos financeiros e com fornecedores. O resultado normal é a pressão dos preços para baixo, o que a Fearroz acha possível evitar se o Governo ampliasse o prazo para liquidação das dívidas de custeio. 
 


    Vamos importar milho ? 
    O Brasil está convivendo com uma sensível redução na área plantada. Assim, provavelmente necessitaremos importar de três a quatro milhões de toneladas no próximo ano, acredita o agrônomo Sérgio Ortiz, gerente de vendas da Cargill. Para diminuir esses prejuízos precisamos aumentar a produção interna. Ortiz explica que existem duas maneiras de consegui-lo.  Primeiro através da expansão da área plantada,o que não deve constituir um grave problema, pois terra felizmente não falta por aqui. A segunda, mais racional, deve num primeiro momento concentrar a atenção. Trata-se do aumento da produtividade, requisito para a competitividade. 
    Hoje, o Brasil ainda apresenta níveis muito baixos de produtividade, menos de 3.000 kg/ha. Tal desempenho compromete até a sobrevivência do agricultor. Quanto menor a produtividade, maior terá de ser a área plantada para atingir a quantidade almejada de grãos. Entretanto, este sistema arcaico representa também maiores custos com pessoal, máquinas, sementes, agroquímicos e outros. 
    Sérgio diz que numa economia globalizada as margens unitárias tendem a se estreitar cada vez mais. Por isso somente os produtores que conseguirem ganhar em escala (produtividade e eficiência) terão condições de permanecer no mercado. Neste sentido, é imprescindível a utilização de sementes híbridas com alto potencial de rendimento e o manejo tecnologicamente correto da cultura. 
    A safrinha é a grande vantagem competitiva brasileira, sua opinião, dizendo que ela tem aumentado sua expressão no cenário nacional nos últimos anos. E a tendência parece ser mesmo o crescimento. 
    “E visível a evolução tecnológica da safrinha, que deixou de ser simplesmente uma atividade de oportunidade e alto risco, para assumir - importância inequívoca no manejo agrícola, na rentabilidade do produtor e no abastecimento de milho”. 
    As empresas produtoras de sementes têm investido no desenvolvimento e produção de híbridos direcionados para a safrinha, que hoje já representa cerca de 30% do total comercializado. Por conta desses fatores, espera-se o fortalecimento do binômio “soja - milho”, aumentando a representatividade da safrinha no suprimento das necessidades internas e externas. 
    Outro fator que pode dificultar o futuro do mercado interno de milho é a perspectiva da falta do produto no mercado mundial. A produção de milho do planeta está estimada em 569 milhões de toneladas. Entretanto, o consumo deve ser de 589 milhões. Este déficit implicará numa redução dos estoques mundiais e pode auxiliar o agricultor na hora de vender seu produto. 


    "A criação animal começa a exigir mais milho" 


    Pioneer avalia redução 
    Uma redução que pode atingir os 15% da área de cultivo do milho é o número com o qual trabalha o gerente de pesquisa da Pioneer Sementes, Claudio Peixoto, acreditando que a realidade confirma as previsões, tendo em vista especialmente terem muitos agricultores buscado os preços convidativos da soja. 
    As vendas de sementes foram coerentes com este quadro, salienta, ainda favoráveis com relação aos produtos. A empresa realizou o que planejara. Em todo o Brasil, confirma Claudio, as lavouras estão em excelente estado, apesar dos atrasos ocorridos no centro do país. A qualidade da instalação compensa o tempo perdido, na sua opinião. 
    E a produtividade tende a aumentar, pois o pessoal se profissionalizou. “Temos, agora, no Brasil, o que se pode chamar mesmo de milhocultura, com lavouras bem instaladas em função da adubação, população adequada e técnica bem respeitada. As regras de plantio foram realmente cumpridas”, explicou, satisfeito. Agora, e principalmente se o clima ajudar, o produtor se estimula a realizar um excelente manejo e então sim, o quadro se completa. Peixoto salientou, em meados de dezembro, que a as lavouras em geral apresentavam uniformidade e bom nível de sanidade. Mesmo assim, não se arriscou a fazer previsões de safrra, em função das anunciadas instabilidade climáticas, que aumentam os riscos . 
    Claudio manifestou otimismo com relação aos preços, apesar de tudo, em função do alto consumo. “É uma loucura o que se abre de granjas de aves e suinos por aí”, disse, satisfeito. A produção animal, com vistas à exportação de produtos animais industrializados, eleva a cada hora a demanda de milho. 



    Milhocultura em Situação delicada 
    A milhocultura brasileira encontra- se em uma situação delicada no ano agrícola 97/98, com uma redução estimada de 15% em relação ao ano anterior, devido às boas oportunidades de negócios com a soja e o algodão. 
    Na opinião de Jorge de Souza, gerente técnico da Empresa Brasileira de Sementes (Zeneca), mesmo considerando as oscilações históricas da área plantada com o cereal nos últimos anos, à situação presente é preocupante, em termos de disponibilidade de produto para 98, pelo fato de a redução de área estar concentrada no segmento de agricultura mais tecnificada. As áreas de milho substituídas com soja e algodão pertencem a agricultores que adotam práticas de alta tecnologia e, por isso, atingem níveis de produtividade acima da média. Assim, uma redução de 15% de área plantada poderia significar uma redução maior no volume total de milho disponível para este ano. O quadro é condicional porque outros fatores, como clima e plantios de segunda época (safrinha), por exemplo, podem interferir na quantidade total disponível do cereal para este ano. A safrinha é considerada por muitos agrônomos como uma lavoura de risco porque, plantada a partir de fevereiro é colhida em junho, fica vulnerável às baixas temperaturas do inverno. 
    Estudos da CONAB de alguns setores especializados mostram que o volume produzido no corrente ano agrícola, dentro de premissas de área plantada e produtividade para a safra normal e a safrinha, mais o estoque disponível da safra passada, seriam suficientes para suprir o mercado. Alguns desses mesmos consultores têm afirmado que os agricultores deverão vender a saca de 60 quilos ao redor de R$ 7,00 ou R$ 7,50 nos meses de colheita deste ano, níveis de preços portanto acima da média histórica do milho no Brasil. 
    No Noroeste mineiro ocorreram negócios com preços em torno de R$ 9,00 durante a última semana de novembro, mostrando já um certo aquecimento do mercado que deverá ser controlado pela liberação dos estoques para leilões. Em meados de dezembro, no entanto, ocorria reversão da tendência, em função das quedas das Bolsas de Valores asiáticas, que derrubaram as moedas dos países da região e reduziram suas compras. 
    Alguns grandes compradores do cereal afirmam que a oferta estaria muito ajustada à demanda (considerando que as informações de disponibilidade de estoques são verdadeiras), e que qualquer fato negativo na produção da presente safra/safrinha poderia influir diretamente no volume disponível ao mercado em 98, afetando todo o complexo agroindustrial que tem no milho sua matéria prima. Alguns analistas estimam que 70% da alimentação do frango é composta por milho, que representa apenas 30% do custo total de alimentação das aves. Consequentemente, a economia brasileira, devido ao impacto no custo da cesta básica, pode ser gravemente afetada (lembre-se do papel do frango dentro do Plano Real). 
    Por outro lado, ainda segundo Jorge de Souza, a importação do grão não motiva esse mesmo complexo agro-industrial pelo custo estimado que o produto teria ao chegar nas fábricas de rações (R$ 11,00 a saca de 60 quilos), aumentando significativamente os custos de produção da carne. Dentro desse quadro complexo aqui resumido, uma vez que o caráter biológico da produção agrícola traz um risco difícil de ser exatamente previsto neste momento (início de dezembro) estão em andamento os plantios da presente safra, já encerrados na região Sul(safra normal) e em diferentes fases do Brasil Central. 
    A situação das lavouras na área de atuação da EBS (Zeneca Sementes) é boa, independentemente do excesso de chuvas no Sul e da má distribuição e, em algumas regiões, também do atraso das chuvas no Brasil Central. Não havia até dezembro, nas áreas de atuação da Zeneca, indícios de quebra representativa de produtividade. 
 

    
    "Agricultores e empresas devem acompanhar as mudanças" 
 


    Ocorreu um ataque severo de lagartas de solo nas regiões com má distribuição de chuvas, prejudicando a população de plantas. Contudo o impacto na produtividade não deve ser muito grande se as condições climáticas persistirem favoráveis. 
 Outro fator relevante é o aumento das áreas com plantio no Brasil Central, mostrando que essa tecnologia está muito bem aceita pelos produtores da região, no processo de profissionalização da atividadeagrícola, nos novos tempos de economia mais estável e da menor interferência do Estado como financiador. O plantio do sorgo, na sucessão da cultura de verão, tem auxiliado os produtores a vencer o desafio que é a palhada para cobrir o solo em uma região quente e úmida comoé o Cerrado brasileiro durante o verão. Dessa forma, a sorte está lançada para os agricultores, que precisam produzir e vender bem a suasafra, capitalizando-se para enfrentar esse fim de século de globalização e alta competitividade, e também para a estabilidade da economia brasileira, devido à influência do preço do milho na cesta básica e, por consequência, nos índices inflacionários. 
    Para as empresas produtoras de sementes de milho o ano não pode exatamente ser considerado bom, devido à redução deárea plantada e a resultante diminuição da demanda por sementes melhoradas. Na opinião de Jorge de Souza,fica a mensagem de que, se para os agricultores os tempos são outros, com globalização e mudanças conceituais significativas, também as empresas precisam acompanhar e adaptar-se ao processo, mudando as estratégias para garantir os níveis de lucratividade planejados para o negócio, adequando seus volumes de produção às reais necessidades do mercado, buscando flexibilidade, controlando custos e, acima de tudo, entendendo melhor as novas necessidades desse cliente que está lutando para sobreviver dentro de uma atividade agrícola sem subsídios, descapitalizada pelo menos no momento, de alto custo e extremamente competitiva. Definitivamente, alerta Jorge, quem não mudar não sobreviverá. 
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