Mais de 1,4 milhão de hectares foram
acrescidos à área de soja, com um aumento médio de 12,3%, do que se espera resulte
uma colheita recorde. Em 96/97 plantaram-se 10,7 milhões de hectares,e se colheram
24,8 milhões de toneladas. Para 97/98 estão plantados 12,1 milhões de hectares e
aguarda-se a colheita de 29,4 milhões de toneladas. O desestímulo dos
produtores de milho com o preço fez cair em 14,8% a área de cultivo. Contudo, a
milhocultura registra maior compra de calcário e adubo, além de bom uso de
plantio direto, o que talvez signifique ganhos de produtividade. Foram 8,18
milhões de hectares que produziram 28 milhões de toneladas em 96/97, contra
7,09 milhões de hectares onde se espera colher 25 milhões de toneladas.
Já o algodão tem um forte aumento de
plantio, quase duplicando a área. De 356 mil hectares na safra 96/97, agora passamos
a 638 mil. Confirmadas as previsões, o Brasil colherá 882 mil toneladas de
fibra, contra apenas 458 no ano passado. O trigo já está colhido. São 2,47
milhões de toneladas contra 3,19 milhões no ano anterior.
Oferta de sementes superou a
demanda
Este ano, segundo fonte da
Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem) houve oferta de 865
mil toneladas de sementes de milho no país, mas ainda não se avaliaram os
resultados das vendas. De antemão, no entanto, sabe-se que as cultivares mais
técnicas tiveram reduzida a demanda. Por isso, mais um temor se acresce quanto
à colheita: a produtividade deve baixar.
Além da área reduzida, as variedades mais
produtivas, portanto de maior preço, foram preteridas em alguns lugares por
outras, de menor expectativa. À esperança, agora, é de que haja correção no mercado
com a próxima safrinha. Soja - A oferta de sementes de soja nesta safra foi 21%
maior do que a do ano agrícola 96/97. De 783 mil toneladas passou-se a oferecer 924
mil para o plantio atual.
Já em outubro, devido aos preços elevados
da soja no mercado externo, haviam sido consumidas 600 mil toneladas, com a
preferência do Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, ondese registrou notável aumento
da área plantada. No Centro Oeste e norte do Paraná predominou a opção por
variedades precoces, resistentes ao cancro. Algodão - Desta vez o algodão registrou
pequena retração na oferta de sementes. De 13 mil toneladas lançadas no mercado
em 96/97, a oferta caiu para 12.700, tomando-se a redução da parte estatal, especialmente
da CATI, como responsável pela mudança. Mas em 96/97, do total de sementes produzidas,
nem 70% foram comercializadas, o que gerou o desinteresse estatal. Na safra
passada a instituição paulista produziu 6.000 toneladas, total que caiu para
1.700 desta vez. Pequeno aumento de interesse por sementes ocorreu em Minas
Gerais e Mato Grosso.
Arroz - Uma oferta de 125
mil toneladas, registrou um saudável interesse dos produtores. Segundo a
Abrasem, o lançamento de variedades do tipo agulhinha, para sequeiros, fez cair
o índice de desinteresse, o que não impediu no entanto que persistisse a
tendência de queda da área de cultivo.
No Rio Grande do Sul anunciou-se boa
procura pelas sementes tradicionais. Sorgo - A oferta não supriu a demanda, mas
ainda não se revelaram os totais postos à venda nesta safra. Em 96/97 pouco
mais de mil toneladas foi suficiente para suprir o mercado. O sorgo foi uma das
alternativas encontradas por empresas agrícolas descontente; com o preço do
milho.
Trigo - Houve redução da
oferta de sementes, em função da qualidade do grão e da falta de recursos
para capitalização das empresas beneficiadoras. De um total de 225 mil
toneladas de semente! produzidas em 96/97, o nível caiu para cerca de 200 mil.
O estado do Paraná, que produziu 150 mil toneladas na safra passada, mal chegou
a oferecer 120 mil na atual. A expectativa é de redução ni safra.
À soja apresenta ótimo nível
técnico
Um aumento de área estimado em 10%
é prenúncio de uma excepcional colheita de soja este ano, se o clima permanecer
favorável, segundo João Luiz Alberini, gerente de pesquisa da Monsoy, que
considera o nível tecnológico dos trabalhos como de primeira grandeza. O aumento
é decorrência da opção de tradicionais produtores de milho pela soja, nessa safra.
A instalação das lavouras, da mesma forma que outras culturas, sofreu atraso
devido às chuvas, mas de forma geral foi satisfatória. Alguns Estados conseguiram
iniciar o plantio cedo, mas no Brasil Central, por exemplo,o atraso é notório.
O agrônomo Airton Correa, da empresa Jotabasso, do Mato Grosso do Sul, confirma
a demora. Na primeira semana de dezembro ainda não haviam passado de 75% da
área prevista e acreditava que teriam pequena redução.
João Luiz Alberini diz que houve verdadeira
correria quando cessaram as chuvas, com o plantio ocorrendo em período curto,o
que significa também uma colheita muito pouco espaçada, comprimida mesmo em
curto tempo. A partir de agora, na sua opinião, tudo depende do clima na época
da maturação. A produtividade, Alberini concedeu entrevista em meados de
dezembro,era ainda uma grande incógnita, pois as previsões eram de problemas
climáticos em janeiro. De qualquer forma, a expectativa é de uma boa safra para
os sojicultores, que ainda aguardam a confirmação de uma sombria previsão: a de
que nos últimos anos ocorrem tragédias climáticas nos EUA em cada safra que se
segue ao aparecimento do fenômeno El Niño. A previsão já tem reflexos na
Bolsa.
Exportações - Apesar disso,
as exportações do complexo soja, um dos principais produtos que ajudam a equilibrar
a balança comercial brasileira, vai ter uma queda de 5,2%,o que equivale a
cerca de US$ 5,6 bilhões.
A projeção consta do último relatório da
Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove), ondese prevê uma colheita
superior a 30 milhões de toneladas de soja nesta safra, volume 11% maior do que
o de 96/97. A perspectiva, ainda, é de os preços não alcancem os ótimos níveis de
97, que registraram a cotação média de US$ 294 a tonelada. A Abiove trabalha
com uma projeção de US$ 260 a tonelada para 98.
Os estoques mundiais estão parcialmente
refeitos, mas as cotações não devem baixar muito, segundo a entidade, que
registra ainda uma possibilidade de aumento das exportações. Prevê-se que as
exportações de grão atinjam 7,5 milhões de toneladas em 98, com uma queda de
9,6% em relação a 97, enquanto o farelo deverá aumentar os embarques em 14,3%, ou
cerca de 11,2 milhões de toneladas. O aumento de preço de 97, que ocasionou o
acréscimo na área de cultivo, não deverá se repetir, pois já se prenunciam
safras recordes tanto no Brasil quanto na Argentina.
"A instalação das
lavouras da soja é considerada de ótimo nível"
Arroz tem pequeno aumento
de área
Há uma expectativa de ligeiro
aumento da área cultivada com arroz no Rio Grande do Sul, algo em torno de
cinco por cento, mas a produção é uma incógnita devido às variáveis condições
climáticas.
Esse Estado representa mais da metade da
produção nacional de arroz. O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) fala em
torno de 816 mil hectares, contra 779 mil na safra passada. A instalação das
lavouras sofreu pequeno atraso devido às chuvas de novembro, quando o trabalho
parou por até 20 dias em alguns locais, mas houve recuperação no final daquele
mês. Em dezembro completou- se o plantio.
A partir de agora todo orizicultor
depende do clima. Precisa parar de chover e o sol brilhar para que a cultura se
desenvolva. A luminosidade é essencial, principalmente na fase de granulação, como
lembra o agrônomo Guinter Franz, gerente da Granja Quatro Irmãos, do grupo Josapar,
que plantou este ano 7.000 hectares contra os 6.600 do ano anterior. Franz
acredita que se o verão for quente e luminoso poderá haver sensível aumento na
produção, que pode chegar a 15 %. Mas revela certa ansiedade pelas previsões de
tempo, que insistem em anunciar chuvas para o período. De qualquer forma, diz
que a instalação das lavouras é excelente e que a emergência é das melhores.
Até meados de dezembro sua impressão era a de que seria um bom ano para o arroz.
As últimas semanas do ano registraram baixo
consumo de arroz, o que manteve estáveis os estoques e preços pouco alterados,
com recuo de alguns centavos no preço da saca de 50 quilos do produto com
casca. A tendência mostrava claramente a satisfação do mercado com o plantio.
Em dezembro a Federação das Cooperativas
de Arroz (Fearroz) solicitou ao MAA a renovação da portaria que obriga o
pagamento à vista das importações de arroz de qualquer origem, cujo vencimento ocorreria
no fim do ano. A medida representa uma barreira contra as importações subsidiadas
de outros mercados, além de dificultar a especulação financeira com o produto
na área do Mercosul.
A Fearroz está otimista com relação à próxima safra,
especialmente em relação às vendas. Mas está lutando para que o Governo
implante mecanismos que garantam melhores resultados no início da safra, quando
o produtor costuma vender forte para enfrentar os compromissos financeiros e
com fornecedores. O resultado normal é a pressão dos preços para baixo, o que a
Fearroz acha possível evitar se o Governo ampliasse o prazo para liquidação das
dívidas de custeio.
Vamos importar milho ?
O Brasil está convivendo com
uma sensível redução na área plantada. Assim, provavelmente necessitaremos importar
de três a quatro milhões de toneladas no próximo ano, acredita o agrônomo Sérgio
Ortiz, gerente de vendas da Cargill. Para diminuir esses prejuízos precisamos aumentar
a produção interna. Ortiz explica que existem duas maneiras de
consegui-lo. Primeiro através da expansão da área plantada,o que não deve
constituir um grave problema, pois terra felizmente não falta por aqui. A
segunda, mais racional, deve num primeiro momento concentrar a atenção.
Trata-se do aumento da produtividade, requisito para a competitividade.
Hoje, o Brasil ainda apresenta níveis
muito baixos de produtividade, menos de 3.000 kg/ha. Tal desempenho compromete
até a sobrevivência do agricultor. Quanto menor a produtividade, maior terá de
ser a área plantada para atingir a quantidade almejada de grãos. Entretanto,
este sistema arcaico representa também maiores custos com pessoal, máquinas,
sementes, agroquímicos e outros.
Sérgio diz que numa economia globalizada
as margens unitárias tendem a se estreitar cada vez mais. Por isso somente os
produtores que conseguirem ganhar em escala (produtividade e eficiência) terão
condições de permanecer no mercado. Neste sentido, é imprescindível a
utilização de sementes híbridas com alto potencial de rendimento e o manejo tecnologicamente
correto da cultura.
A safrinha é a grande vantagem competitiva
brasileira, sua opinião, dizendo que ela tem aumentado sua expressão no cenário
nacional nos últimos anos. E a tendência parece ser mesmo o crescimento.
“E visível a evolução tecnológica da safrinha,
que deixou de ser simplesmente uma atividade de oportunidade e alto risco, para
assumir - importância inequívoca no manejo agrícola, na rentabilidade do
produtor e no abastecimento de milho”.
As empresas produtoras de sementes têm
investido no desenvolvimento e produção de híbridos direcionados para a
safrinha, que hoje já representa cerca de 30% do total comercializado. Por conta
desses fatores, espera-se o fortalecimento do binômio “soja - milho”,
aumentando a representatividade da safrinha no suprimento das necessidades
internas e externas.
Outro fator que pode dificultar o futuro
do mercado interno de milho é a perspectiva da falta do produto no mercado
mundial. A produção de milho do planeta está estimada em 569 milhões de
toneladas. Entretanto, o consumo deve ser de 589 milhões. Este déficit
implicará numa redução dos estoques mundiais e pode auxiliar o agricultor na
hora de vender seu produto.
"A criação animal
começa a exigir mais milho"
Pioneer avalia redução
Uma redução que pode atingir os
15% da área de cultivo do milho é o número com o qual trabalha o gerente de
pesquisa da Pioneer Sementes, Claudio Peixoto, acreditando que a realidade
confirma as previsões, tendo em vista especialmente terem muitos agricultores buscado
os preços convidativos da soja.
As vendas de sementes foram coerentes com
este quadro, salienta, ainda favoráveis com relação aos produtos. A empresa
realizou o que planejara. Em todo o Brasil, confirma Claudio, as lavouras estão
em excelente estado, apesar dos atrasos ocorridos no centro do país. A
qualidade da instalação compensa o tempo perdido, na sua opinião.
E a produtividade tende a aumentar, pois
o pessoal se profissionalizou. “Temos, agora, no Brasil, o que se pode chamar mesmo
de milhocultura, com lavouras bem instaladas em função da adubação, população
adequada e técnica bem respeitada. As regras de plantio foram realmente
cumpridas”, explicou, satisfeito. Agora, e principalmente se o clima ajudar, o
produtor se estimula a realizar um excelente manejo e então sim, o quadro se
completa. Peixoto salientou, em meados de dezembro, que a as lavouras em geral
apresentavam uniformidade e bom nível de sanidade. Mesmo assim, não se arriscou
a fazer previsões de safrra, em função das anunciadas instabilidade climáticas,
que aumentam os riscos .
Claudio manifestou otimismo com relação aos
preços, apesar de tudo, em função do alto consumo. “É uma loucura o que se abre
de granjas de aves e suinos por aí”, disse, satisfeito. A produção animal, com
vistas à exportação de produtos animais industrializados, eleva a cada hora a
demanda de milho.
Milhocultura em Situação
delicada
A milhocultura brasileira
encontra- se em uma situação delicada no ano agrícola 97/98, com uma redução estimada
de 15% em relação ao ano anterior, devido às boas oportunidades de negócios com
a soja e o algodão.
Na opinião de Jorge de Souza, gerente técnico
da Empresa Brasileira de Sementes (Zeneca), mesmo considerando as oscilações
históricas da área plantada com o cereal nos últimos anos, à situação presente
é preocupante, em termos de disponibilidade de produto para 98, pelo fato de a
redução de área estar concentrada no segmento de agricultura mais tecnificada.
As áreas de milho substituídas com soja e algodão pertencem a agricultores que
adotam práticas de alta tecnologia e, por isso, atingem níveis de produtividade acima
da média. Assim, uma redução de 15% de área plantada poderia significar uma
redução maior no volume total de milho disponível para este ano. O quadro é
condicional porque outros fatores, como clima e plantios de segunda época (safrinha),
por exemplo, podem interferir na quantidade total disponível do cereal para
este ano. A safrinha é considerada por muitos agrônomos como uma lavoura de
risco porque, plantada a partir de fevereiro é colhida em junho, fica
vulnerável às baixas temperaturas do inverno.
Estudos da CONAB de alguns setores especializados
mostram que o volume produzido no corrente ano agrícola, dentro de premissas de
área plantada e produtividade para a safra normal e a safrinha, mais o estoque disponível
da safra passada, seriam suficientes para suprir o mercado. Alguns desses
mesmos consultores têm afirmado que os agricultores deverão vender a saca de 60
quilos ao redor de R$ 7,00 ou R$ 7,50 nos meses de colheita deste ano, níveis de
preços portanto acima da média histórica do milho no Brasil.
No Noroeste mineiro ocorreram negócios com
preços em torno de R$ 9,00 durante a última semana de novembro, mostrando já um
certo aquecimento do mercado que deverá ser controlado pela liberação dos
estoques para leilões. Em meados de dezembro, no entanto, ocorria reversão da
tendência, em função das quedas das Bolsas de Valores asiáticas, que derrubaram
as moedas dos países da região e reduziram suas compras.
Alguns grandes compradores do cereal
afirmam que a oferta estaria muito ajustada à demanda (considerando que as
informações de disponibilidade de estoques são verdadeiras), e que qualquer
fato negativo na produção da presente safra/safrinha poderia influir
diretamente no volume disponível ao mercado em 98, afetando todo o complexo agroindustrial
que tem no milho sua matéria prima. Alguns analistas estimam que 70% da
alimentação do frango é composta por milho, que representa apenas 30% do custo
total de alimentação das aves. Consequentemente, a economia brasileira, devido ao
impacto no custo da cesta básica, pode ser gravemente afetada (lembre-se do
papel do frango dentro do Plano Real).
Por outro lado, ainda segundo Jorge de
Souza, a importação do grão não motiva esse mesmo complexo agro-industrial pelo
custo estimado que o produto teria ao chegar nas fábricas de rações (R$ 11,00 a
saca de 60 quilos), aumentando significativamente os custos de produção da carne.
Dentro desse quadro complexo aqui resumido, uma vez que o caráter biológico da
produção agrícola traz um risco difícil de ser exatamente previsto neste
momento (início de dezembro) estão em andamento os plantios da presente safra, já
encerrados na região Sul(safra normal) e em diferentes fases do Brasil Central.
A situação das lavouras na área de atuação
da EBS (Zeneca Sementes) é boa, independentemente do excesso de chuvas no Sul e
da má distribuição e, em algumas regiões, também do atraso das chuvas no Brasil Central.
Não havia até dezembro, nas áreas de atuação da Zeneca, indícios de quebra
representativa de produtividade.
"Agricultores e empresas
devem acompanhar as mudanças"
Ocorreu um ataque severo de lagartas de solo
nas regiões com má distribuição de chuvas, prejudicando a população de plantas. Contudo
o impacto na produtividade não deve ser muito grande se as condições climáticas
persistirem favoráveis.
Outro fator relevante é o aumento das
áreas com plantio no Brasil Central, mostrando que essa tecnologia está muito
bem aceita pelos produtores da região, no processo de profissionalização da
atividadeagrícola, nos novos tempos de economia mais estável e da menor
interferência do Estado como financiador. O plantio do sorgo, na sucessão da
cultura de verão, tem auxiliado os produtores a vencer o desafio que é a
palhada para cobrir o solo em uma região quente e úmida comoé o Cerrado
brasileiro durante o verão. Dessa forma, a sorte está lançada para os agricultores,
que precisam produzir e vender bem a suasafra, capitalizando-se para enfrentar
esse fim de século de globalização e alta competitividade, e também para a
estabilidade da economia brasileira, devido à influência do preço do milho na
cesta básica e, por consequência, nos índices inflacionários.
Para as empresas produtoras de sementes de
milho o ano não pode exatamente ser considerado bom, devido à redução deárea
plantada e a resultante diminuição da demanda por sementes melhoradas. Na
opinião de Jorge de Souza,fica a mensagem de que, se para os agricultores os
tempos são outros, com globalização e mudanças conceituais significativas, também
as empresas precisam acompanhar e adaptar-se ao processo, mudando as
estratégias para garantir os níveis de lucratividade planejados para o negócio,
adequando seus volumes de produção às reais necessidades do mercado, buscando
flexibilidade, controlando custos e, acima de tudo, entendendo melhor as novas
necessidades desse cliente que está lutando para sobreviver dentro de uma
atividade agrícola sem subsídios, descapitalizada pelo menos no momento, de
alto custo e extremamente competitiva. Definitivamente, alerta Jorge, quem não
mudar não sobreviverá.