Consultas

Edição V | 02 - Mar . 2001
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    Esta seção da revista SEEDNews está sendo coordenada pela equipe da área de sementes da Universidade Federal de Pelotas 
 
    Lendo a seção de consultas da última SEED News, observei que as peneiras de furos oblongos são mais eficientes na separação das sementes, o que é muito importante para que menos sementes pequenas fiquem junto com as sementes grandes. Afinal, como as sementes pequenas valem mais porque vem em maior número por quilo, é óbvio que quanto mais puras estiverem, melhor. Assim, pergunto se há algum outro tipo de classificação que seja, eventualmente, ainda mais eficiente. 
    Cremos que a peneira plana de furos oblongos já faça um bom trabalho. Entretanto, as peneiras cilíndricas de furo oblongo apresentam um resultado ainda melhor (a indústria de sementes de milho utiliza este tipo de peneira). 
 
    A respeito da matéria sobre a ISO 9002 obtida por um produtor de sementes de soja, gostaria de saber em que consiste isso e como se obtém. 
    As normas ISO 9000 certificam o processo de obtenção de um produto, que no caso é a semente. Trata-se de um processo cuja certificação é dada por um agente externo à empresa, que no Brasil é uma agência de certificação registrada no Inmetro. A empresa que obtém esse certificado sinaliza sua profissionalização no ramo em que está inserida. 
 
    Ao que tudo indica, o processo de proteção de cultivares veio para ficar e, pelo número de variedades disponíveis para nós agricultores, parece que é bom. Pergunto se, para utilizar semente própria, também tenho que pagar alguma taxa ao criador da variedade. 
    Pela Convenção da UPOV de 1978, o agricultor que utilizar semente própria não precisa pagar. No entanto, na hora de vender o seu produto de uma variedade protegida deverá possuir um comprovante de que adquiriu seu material de um produtor de sementes registrado. Caso contrário, sua semente será considerada sem origem, o que pode ser caracterizado como furto. 
 
 
    Se uma semente não germina normalmente junto com as outras da amostra no teste de germinação em laboratório, ela é considerada como uma semente morta? 
    Não acontece isto porque, sempre que aparecerem no teste de germinação sementes dormentes, é realizado um reteste, utilizando métodos para superar a dormência, como armazenagem a seco, pré-esfriamento, pré-aquecimento, luz, nitrato de potássio, ácido giberélico e envelopes de polietileno lacrados. Quando forem utilizados alguns destes métodos, estes devem ser mencionado no Boletim de Análise. As sementes mortas são inconfundíveis, porque no final do teste se apresentam intumescidas mas não germinadas, moles e/ou apodrecidas, às vezes contaminadas por microorganismos. 
 
    Quais as vantagens que tenho em fazer parte de alguma associação ? 
    Dependendo do tipo de associação, o que é oferecido aos seus filiados varia, mas sempre é interessante participar de uma entidade de classe. Cada vez é maior a necessidade de manter-se informado e atualizado sobre o que acontece no mundo sementeiro, tanto em termos técnicos como comerciais, tendo o associado acesso a todo tipo de informações. A associação defende os interesses da classe através do lobby que realiza junto às entidades governamentais, ou não, o que dá a oportunidade do produtor influenciar a tomada de decisões de seu interesse, com voz e voto, o que dificilmente poderia ser feito por um produtor individual. 
 
    Lendo a matéria sobre Diversidade e Biotecnologia, na edição de jan/fev de 2001, fiquei em dúvida quanto ao exato significado do termo “falta de segurança alimentar”. Poderia esclarecer melhor o seu significado? 
    Quando em um país existe uma parcela da população que sofre com a falta de alimentos, isto é, que não ingere a quantidade de calorias indicada pelos organismos internacionais de saúde, diz-se que não existe segurança alimentar. Por esta razão, o governo de um país deve dar todo o apoio para o desenvolvimento de sua agricultura, extremamente importante para a produção de alimentos e conseqüente garantia da segurança alimentar. 
 
    Estou colhendo 30 mil sacos (1800 t) de sementes de milho e entregando tudo na cooperativa. Sinto-me um pouco confuso com a determinação da umidade do grão do meu produto, pois meu aparelho está registrando uma percentagem abaixo do que a da cooperativa. Como os dois aparelhos utilizados para determinar a umidade são iguais, do tipo universal, o que pode estar ocorrendo? 
    Os determinadores de umidade rápidos devem ser periodicamente calibrados em relação ao método da estufa. Outro erro comum é não corrigir a leitura do equipamento pela temperatura do produto. Isso facilmente pode apresentar uma diferença de dois pontos percentuais, que no seu caso representa um bom dinheiro. 

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