Produtores tentam parar as sementes de milho pirata no Equador
Aliança entre Ecuasem e Sicpa permite que agricultores, com a ajuda de um celular, identifiquem sementes legais no mercado.
A Associação Equatoriana de Sementes (Ecuasem) e a empresa suíça, Sicpa, oficializaram o início do programa de rótulo seguro, um método de autenticação que permitirá aos produtores identificar facilmente as sementes de milho legais.
O plano visa combater a pirataria e o comércio ilícito de sementes, que vem afetando o setor em termos de produtividade e rentabilidade. Segundo o Ecuasem, 30% das sementes plantadas no país são falsificadas. Esse problema atinge, diz ele, principalmente aqueles que dão origem a produtos de consumo de massa, como arroz e milho.
Cédric Pruche, Diretor Regional de Negócios da Sicpa, sustenta que "quando falamos de pirataria e comércio ilícito, estamos nos referindo a práticas fraudulentas como o contrabando, multiplicação e comercialização de sementes sem autorização do obtentor, infringindo assim direitos de propriedade intelectual, reciclagem de recipientes cheios de sementes pintadas, falsificação de recipientes e rótulos de certificação e sementes que não atendem aos padrões mínimos de qualidade".
Este programa, conforme explicado, oferece um mecanismo para que os agricultores possam identificar sementes legais no mercado a olho nu ou com a ajuda de um telefone celular. "Consiste em colocar etiquetas seguras nas embalagens de sementes certificadas distribuídas por empresas devidamente autorizadas. As etiquetas contêm elementos de segurança como tintas exclusivas e códigos únicos e rastreáveis, que são entregues aos comerciantes autorizados através de uma cadeia de abastecimento totalmente controlada e segura".
De acordo com a Coordenação Geral de Informações Agropecuárias do Ministério da Agricultura, cerca de 80.000 agricultores produzem milho no país, com uma produção estimada de 1.678.255 toneladas, até 2022. O grão atende a demanda da indústria, além de empresas de aves e suínos. Com esta iniciativa, o Equador se une a países como o Brasil, onde a empresa suíça opera o programa "Semente Legal" para proteger as sementes da falsificação.
Esta notícia pode ser acessada em seu idioma original em: https://www.expreso.ec/actualidad/economia/productores-buscan-frenar-semillas-piratas-maiz-140531.html