Consultas

Edição XV | 04 - Jul . 2011
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    Esta seção é coordenada pela equipe de professores da área de sementes da Universidade Federal de Pelotas, objetivando esclarecer as inúmeras dúvidas enviadas pelos leitores. Mande sua dúvida para redacao@seednews.inf.br 


    Nos últimos anos, tenho enfrentado dificuldades para atingir as metas de produção de sementes de soja. Uma das razões é a baixa capacidade de secagem que temos na UBS, o que resulta em perdas de campos para produção de sementes, devido a chuvas no momento da colheita.   Como posso aumentar a capacidade de secagem da UBS? 

    O melhor é ter secadores específicos, sendo que os intermitentes secam ao redor de um pp/h e os estacionários com 0,2pp/h. Também podem ser utilizados silos, que, entretanto, devem ter um fluxo de ar de, no mínino, 1m3/min/t e estar ligados permanentemente. No caso de silos, sementes com 17% de umidade demoram três semanas para secar a 12-13%. Observação: O ar deve ser natural, para que não ocorra super-secagem das sementes na camada inferior do silo. 


    Estou classificando as sementes de soja com intervalo de classe de 0,5mm, utilizando peneiras planas com furos redondos de 6,5mm, 6,0mm, 5,5mm e 5,0mm. Pergunto: O que devo fazer para diminuir o percentual de sementes pequenas junto com as grandes?  O mínimo que estou conseguindo é 10%. 

    O melhor seria utilizar peneiras cilíndricas, pois essas são mais eficientes que as planas, principalmente no caso de peneiras de furos redondos. Outra alternativa é colocar uma lona por cima da peneira, para forçar as sementes a passarem pelos furos da peneira.  Também deve ser observada a alimentação da máquina, pois com muita semente, a área aberta das peneiras, para classificação, pode não ser suficiente.


    A utilização de azevém como forrageira de inverno, em minha região, é bastante utilizada, e observo que há  plantas de todo tipo de azevém no meu campo. Gostaria de saber como as empresas de sementes fazem para obter sementes puras de uma determinada variedade de azevém.

    De fato, há uma ressemeadura natural do azevém, e além disso, os cruzamentos ocorrem com facilidade, dificultando a produção de sementes. Neste sentido, as empresas, utilizam sementes de origem conhecida e buscam locais em que o azevém ainda não foi cultivado, para multiplicação das sementes.  Atualmente, com o cultivo da soja GM, o controle do azevém é bastante eficiente, facilitando a identificação de campos para produção de sementes livres de misturas varietais e contaminações genéticas.


    Há consenso de que a isenção do melhorista, contemplado na lei de proteção de cultivares, é uma excelente ferramenta de gestão para a permanente busca de variedades melhoradas. A partir de qual momento o melhorista pode utilizar material desenvolvido por pesquisador de uma outra empresa? 

    Segundo a Lei de Proteção de Cultivares, o melhorista somente pode utilizar em seu programa de pesquisa material desenvolvido por outros quando este já estiver em exploração comercial. Isto quer dizer que materiais em ensaios de VCU não estão liberados para utilização em outros programas de melhoramento. Por outro lado, em materiais patenteados, o melhorista não tem permissão de acesso até a extinção da patente.


    Tenho constatado que, em outros países muitas empresas de sementes estão produzindo seus híbridos fora de estação para atender a sua demanda de sementes. Gostaria de saber como elas fazem para proteger seus materiais parentais?

    Há, realmente, um grande risco dos materiais parentais serem desviados, entretanto, estas operações são realizadas com empresas de reconhecida idoneidade. Outra alternativa bastante utilizada é enviar sementes da linha-mãe para cultivo e, assim que o estigma estiver receptivo, levar em mãos os grãos de pólen da linha-macho para a polinização. A utilização de pólen já é rotina para tabaco e tomate. 




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