
Pesquisadores desenvolvem novos métodos para diferenciar sementes de algodão transgênicas e convencionais
Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Malta e Embrapa Algodão (PB) desenvolveram novas metodologias para a diferenciação de sementes de algodão convencional e transgênico. Se utilizando de técnicas baseadas em espectroscopias no infravermelho próximo (NIR), Raman e imagens hiperespectrais NIR, os novos métodos permitem resultados mais rápidos e precisos, além de custos mais baixos.
“Os métodos hoje utilizados para essas finalidades são laboriosos, caros, demorados e não preservam as amostras. Além disso, no Brasil há poucos laboratórios especializados para tais serviços. Os (métodos) que nós desenvolvemos são mais práticos e rápidos para a fenotipagem de materiais desenvolvidos pela Embrapa e poderão vir a ser uma inovação capaz de diferenciar produtos geneticamente modificados daqueles que não o são (OGMs e não OGMs), por exemplo, em cultivos orgânicos e agroecológicos”, aponta Everaldo Medeiros, pesquisador da Embrapa Algodão.
Ainda que já se mostrem um grande avanço, os métodos desenvolvidos pelos pesquisadores ainda podem avançar fortemente. Desenvolvimentos em fenotipagem rápida e novos marcadores digitais podem fazer com que a inovação chegue de forma consolidada não somente ao ambiente da academia, mas também no setor produtivo como um todo.
“Futuramente os métodos desenvolvidos poderão ser combinados aos marcadores moleculares para analisar sementes individuais de alto valor genético com o objetivo de verificar características superiores com maior precisão, além de realizar a fenotipagem, a rastreabilidade e a classificação de diferentes genótipos”, prospecta Medeiros.
Subject:Biotecnologia
Author:Equipe SEEDnews
Publication date:04/01/2022 17:18:41