Consultas

Edição XX | 05 - Set . 2016
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    Nesta seção procuramos atender aos questionamentos enviados pelos leitores. As eventuais dúvidas sobre temas veiculados pela SEEDnews ou mesmo outros pertinentes à atividade agrícola, podem ser encaminhadas para redacao@seednews.inf.br 


    Estamos discutindo a lei de proteção de cultivares para possíveis aprimoramentos. Neste sentido, gostaria de saber o que significa a isenção do melhorista.

    Este é um item que se colocou na lei (em todos os países que estão na UPOV) para possibilitar avanços mais rápidos na criação e desenvolvimento de cultivares superiores. Consiste na liberdade conferida ao melhorista de utilizar em seu programa de melhoramento qualquer cultivar que tenha sido liberada para comercialização.  Em processos patenteados não existe a isenção do melhorista.



    Cultivo 200 hectares de soja e procuro utilizar as melhores variedades possíveis, e nestes últimos tempos tenho sido orientado a utilizar sementes de alto vigor. Estou um pouco confuso, pois sempre comprei sementes baseado na germinação. Podem comentar a respeito?

    O teste de germinação é realizado com vistas às melhores condições para a semente germinar, enquanto nos testes de vigor são realizados outros parâmetros, como a capacidade de superar condições adversas de umidade e temperatura, entre outros. O vigor é algo mais recente e possui uma estreita relação com a produtividade, ou seja, quanto mais alto o vigor maior a produtividade. Vários laboratórios de sementes estão realizando, sob demanda, testes de vigor.



    Estou começando a trabalhar com sementes de algodão e vi que algumas sementes não germinam, apesar de estarem aparentemente normais. Pode ser devido à dormência?

    As sementes de algodão podem apresentar dormência devido à impermeabilidade do tegumento, impedindo a absorção de água. Estas sementes são conhecidas como duras. Entretanto, nas cultivares comerciais de algodão este percentual é inferior a 5%, e, com a tecnologia atual para o beneficiamento das sementes (principalmente com o deslintamento), este percentual tende a zero.



    Tenho lido com certa frequência que, no caso de arroz, são usadas cultivares convencionais, mutagênicas e híbridos. A propósito, gostaria que comentassem sobre o termo mutagênicas.

    Os melhoristas desse cereal consideram o termo mais adequado para as cultivares originadas pelo processo de mutação induzida ou derivadas do mesmo, como cultivares mutantes ou mutadas, e não mutagênicas. O termo “mutagênico” significa que poderia causar mutação, o que não é o caso das variedades comerciais de arroz. Existe no mercado brasileiro de sementes de arroz várias cultivares derivadas de plantas mutantes ou mutadas.



    Tenho uma estrutura de secagem de milho em espiga que desejo utilizar para secagem de sementes de soja. Caso seja possível, quais as principais mudanças que devo fazer?

    O milho em espiga é seco de forma estacionária em secadores especiais que utilizam uma camada de sementes de até cinco metros altura, pois o ar passa fácil entre as espigas, não ocorrendo alta resistência. Em caso de soja, essa altura da camada de sementes deve ser no máximo de um metro, pois o ar tem maior resistência para passar entre as sementes. Outras mudanças dizem respeito ao transporte das sementes nos processos de carregamento de descarregamento das sementes.

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