1. Regular o fluxo, conforme orientado no item início da operação;
2. Acender o fogo durante a carga do secador, para agilizar a operação de secagem. Na fornalha, manter as portas dos cinzeiros abertas, as portas de alimentação do combustível (lenha) devem permanecer fechadas e as venezianas de mistura de ar do secador abertas;
3. Posicionar o fluxo do sistema de modo que o produto que esteja saindo do secador ainda úmido retorne ao funil de carga;
4. Ligar o elevador de carga e os demais equipamentos que antecedem o elevador no fluxo de produto úmido;
5. Quando o produto atingir aproximadamente a metade da torre, acionar a descarga por minutos, para evitar a formação de espaços vazios no corpo da torre;
6. Ao atingir a plena carga do secador, o controle de nível atuará indicando esta condição;
7. Fechar o registro da moega;
8. Desligar as máquinas que antecedem o elevador do secador, para evitar o embuchamento;
9. Ligar os ventiladores;
10. Iniciar a secagem de forma intermitente, ou seja, fazer o produto que sai do secador voltar ao funil de carga. O operador deve coletar amostras para determinar o momento que a primeira parte do produto que saiu do secador já deu uma volta completa e consequentemente já está seco. A partir deste momento, pode-se iniciar a secagem contínua.
OBS: Iniciar a carga do secador com produto pré-limpo, pois as impurezas em excesso, além de diminuir o rendimento do secador, influenciam no fluxo interno dos grãos e podem provocar incêndios.
Esquema representativo das partes do secador
NOTA: Na primeira carga do secador, parte do produto poderá cair da torre. O secador, entretanto, não deve ser colocado em funcionamento antes de ser feita a limpeza, pois este produto poderá sobreaquecer e até mesmo entrar em combustão, podendo provocar incêndio no secador.
Utilizada para produtos com umidade acima de 18% ou que exijam temperaturas de secagem mais brandas, como por exemplo, as sementes.
O secador deve ser carregado e o produto circulado diversas vezes pelo corpo do secador, até que a umidade chegue aos níveis desejados para armazenagem.
1. Repetir o roteiro da secagem contínua;
2. Iniciar a secagem fazendo o produto que sai do secador retornar ao funil de carga.
O operador, a partir da primeira volta completa, deve coletar amostras para saber o momento que toda a massa atinge a umidade pretendida. Ao alcançar a umidade desejada, descarregar o secador enviando o produto seco para armazenagem. Com a finalidade de reduzir o tempo de carga do secador, a descarga pode ser feita simultaneamente com o carregamento; o operador, neste caso, precisará de um controle mais rígido para não permitir que o produto não seco seja enviado para armazenagem.
OBS: A operação de descarga de produto seco e carregamento de produto úmido pode ser repetida no máximo três vezes, devendo ser limpo então o secador.
Antes de iniciar o descarregamento, desligar a descarga das eclusas; completar a carga do secador com produto úmido até começar a retornar; ajustar a descarga no painel com o controle de nível; colocar em funcionamento em regime contínuo, entrando produto úmido e saindo seco; monitorar a descarga e, ao começar sair produto úmido, parar o descarregamento e começar a fazer o produto circular até sair seco.
3 - Secagem Coluna Inteira
Na secagem em coluna inteira, emprega-se toda a torre do secador com ar aquecido.
Este tipo é usado para produtos com mais de 18%, que precisam dar mais de uma passagem no secador. Com este procedimento evita-se o esfriamento do produto e o gasto adicional de energia para aquecê-lo novamente, ao retornar à torre de secagem.
É recomendável que na última passagem do produto pelo secador, os registros de entrada de ar frio sejam abertos para fazer o esfriamento. Pode-se também, manter os registros fechados para aumentar o rendimento do secador e resfriar o produto no silo ou armazém com uso da aeração.
Várias podem ser as causas de incêndio em secadores. Assim sendo, é importante que o operador tenha conhecimento para evitar a ocorrência.
Uma das causas mais comuns é o excesso de impurezas dentro do secador, que, por não se deslocarem com a mesma velocidade dos grãos, vão sofrendo sobreaquecimento até que entram em combustão, causando incêndio.
A solução para este problema é a limpeza periódica (a cada três dias) de toda a torre de secagem, removendo palhas e outras impurezas que tenham-se acumulado.
2 - Inadequada operação da fornalha
Se o operador fechar todas as aberturas da fornalha com intuito de diminuir o consumo de lenha, terá como resultado uma combustão incompleta e a redução da vazão de ar de secagem. Pode ocorrer também pressurização do sistema, causando arraste de fagulhas, que ao encontrar grãos mais aquecidos ou palhas já sobreaquecidas pode fazê-los entrar em combustão.
NOTA: Vale ressaltar aos operadores que a secagem ocorre por meio de certo volume de ar aquecido, dimensionado para este propósito. Se o registro de mistura dimensionado com esta função for fechado, não haverá volume de ar suficiente para a secagem e consequentemente diminuirá o rendimento de secagem. Em outras palavras, o produto precisará passar mais vezes pelo corpo do secador para remover a mesma quantidade de água do que se estivesse sendo operado de forma adequada com um volume maior de ar aquecido. Desta forma, fechar as entradas de ar não resulta em economia de lenha e ainda eleva o consumo de energia elétrica, pois os equipamentos ficam ligados mais tempo que o necessário.
Se forem usadas temperaturas mais altas que as recomendadas também pode haver precipitação do sobreaquecimento de impurezas;
Se for usada lenha de má qualidade pode ocorrer formação de maior quantidade de fagulhas.
3- Termômetro com Defeito
Se o termômetro não estiver marcando corretamente, o operador da fornalha pode elevar excessivamente a temperatura do ar de secagem e aquecer mais rapidamente as impurezas.
Antes de entrar em operação, deve-se sempre conferir se o termômetro esta funcionando corretamente.
4 – Grãos que caem da torre durante o carregamento
Como já foi explicado, é frequente a queda de grãos da torre durante o carregamento. Se estes grãos forem retirados antes do início da operação do secador, poderão entrar em combustão.
Deve-se sempre proceder a limpeza dentro do camisamento, antes da entrada do secador em operação.
PROCEDIMENTO PARA APAGAR INCÊNDIO
O operador deve fechar todas as entradas de ar do secador, pois sem oxigênio não há combustão. Para isto, imediatamente desligar os ventiladores, parar de alimentar o forno com lenha, fechar todos os registros de ar do secador e do forno, desligar equipamentos.
Ao parar o fogo, descarregar o produto e limpar rigorosamente o secador.
Caso o foco tenha atingido proporções maiores, abafar o secador conforme indicado anteriormente, porém fazendo simultaneamente a descarga do produto.
IMPORTANTE!
Nunca descarregar o secador que estiver com foco de fogo, sem apagá-lo. Isto evita a formação de espaços vazios na torre, porque com a chegada das impurezas, pode-se perder o controle do fogo gerando uma situação de difícil controle. Se houver necessidade, iniciar a descarga e ao mesmo tempo manter a carga com produto úmido, ou seja, descarregar produto seco e carregar com produto úmido, simultaneamente, permanecendo o secador sempre cheio.
PROCEDIMENTO EM CASO DE FALTA DE ENERGIA
Se o secador estiver operando, abrir todas as venezianas de todas as aberturas da fornalha (porta de lenha, porta de inspeção). Com isto, evita-se o sobreaquecimento.
LIMPEZA DO SECADOR
É de fundamental importância à limpeza periódica do secador. A seguir indicam-se os principais pontos a serem limpos:
Torre de secagem: é necessário limpá-la periodicamente (a cada três dias), evitando que o produto e as impurezas eventualmente retidas, sofram sobreaquecimento e entrem em combustão;
Descarga: deve ser limpa semanalmente ou imediatamente após a secagem, caso perceba-se a presença de pedras, madeiras ou outros objetos que eventualmente possam danificar o funcionamento das eclusas;
Camisamento: a área de camisamento deve ser limpa sempre que contiver grãos ou resíduos. Também, deve-se verificar e limpar diariamente a divisória interna localizada logo abaixo dos ventiladores;
Ventiladores: verificar periodicamente se os ventiladores estão limpos, sem palhas ou acúmulo de pó.
A secagem natural ou artificial de grãos ou sementes, dependendo das condições ambientais, método ou modelo de secador, constitui-se em alternativa viável técnica e economicamente para possibilitar a elevação da produção e da qualidade dos produtos agrícolas. Cuidados especiais na operação de secadores artificiais devem ser levados em conta, para assegurar a obtenção de um produto de qualidade e a segurança dos operadores, mantendo a eficiência operacional da unidade, com prolongamento da vida útil dos equipamentos.