Sementes de Hortaliças

Desempenho Bem Nutrido

Edição X | 02 - Mar . 2006
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br
    Indispensáveis na alimentação, as hortaliças chegam a ser consideradas como remédios na prevenção de doenças crônicas como o câncer e as doenças cardiovasculares. O grupo compreende todos os vegetais cultivados em horta, cujas partes são comestíveis: caule, tubérculos e raízes, bulbos, folhas, flores, frutos e sementes. Sua coloração variada não está destinada apenas a agradar aos olhos e a estimular o apetite, já que cada pigmento é responsável por uma propriedade importante no processo nutricional e de combate a doenças.                      
    Leves e de fácil digestão, as hortaliças contêm minerais e vitaminas. Ricas em fibras e detentoras de substâncias antioxidantes, auxiliam no bom funcionamento do organismo. Podem ser consumidas cruas - o que assegura maior aporte de vitaminas e minerais -, na forma de saladas, em sucos, e na preparação de cozidos, sopas, purês, pudins, suflês, refogados, gratinados e como recheios diversos.                          
    Este breve preâmbulo introduz a matéria central desta edição: a realidade do segmento de sementes de hortaliças no Brasil. E, embora o texto inicial tenha dado ênfase a aspectos nutricionais, nossa abordagem estará voltada às questões comerciais e ao estágio  tecnológico alcançado pelo setor. Diferentemente de outras áreas, o segmento de hortaliças caracteriza-se pelo seu grande número de produtos, na verdade mais de 300.                   
   Nesse sentido, é oportuno destacar que nessa gama estão compreendidos as hortaliças  propriamente ditas, e também os condimentos e flores - estas não direcionadas propriamente  à alimentação, mas à jardinagem, paisagismo e ornamentação. Disponibilizando variedades  híbridas, convencionais e orgânicas, o setor destaca-se por seu alto grau de tecnificação e pela expressiva representatividade no cenário econômico, uma vez que alcança um faturamento anual superior a US$ 100 milhões. As sementes de hortaliças e flores se caracterizam por seu elevado valor de comercialização, o que exige precisão e alta confiabilidade quanto à tecnologia de sementes, no que tange à qualidade e à uniformidade de germinação e vigor. Outra característica do setor e que explica sua grande penetração no mercado brasileiro é o grande número de pontos de distribuição: mais de 15 mil, o que permitiria projetar que, em cada um dos cinco mil  municípios do país, os produtos estão presentes em três casas agropecuárias. Trata-se,  na verdade, de um “comércio-formiga”, cuja grandeza não é percebida em uma avaliação apressada, mas que contabiliza altos resultados em termos de produtividade e renda.                      
    Também merece menção o fato de que, devido ao grande número de produtos, as  pesquisas de melhoramento vegetal são terceirizadas, através de parcerias firmadas com  instituições de atestada idoneidade. Para focalizarmos as peculiaridades desse nicho de produção, nos ateremos à rotina e à tradição das três grandes empresas do ramo  no país: ISLA, Feltrin Sementes e Agristar do Brasil.
                   
    Histórico                       
   Direcionada à produção e comercialização de sementes de hortaliças, flores, temperos e ervas medicinais, a ISLA completou, em 2005, 50 anos. Na época, o segmento de sementes de hortaliças no Brasil era exclusividade das multinacionais. A ISLA foi à primeira empresa nacional de sementes de hortaliças, não só do Brasil, mas em toda a América Latina.


   

    Criar a empresa foi apenas o primeiro desafio. Logo, vieram outros. A primeira  câmara desumidificadora, a primeira máquina de envelopamento e a primeira embalagem  hermética aluminizada são alguns dos exemplos de inovações tecnológicas na ISLA  e também no Brasil. A empresa chegou ao novo século como uma das maiores da América Latina na área de produção e comercialização de sementes de hortaliças, flores, temperos e ervas medicinais. ISLA foi o nome fantasia, que resumia a atividade inicial da empresa: Importadora de Sementes para Lavoura. “Nos primeiros anos, não havia no Brasil produção de sementes destinada à comercialização e tudo tinha de ser importado. Com o passar dos anos, a ISLA foi se firmando também como empresa produtora”, explica Diana Werner.                     
     Feltrin Sementes é uma empresa de 28 anos, com sede em Farroupilha (RS) que  comercializa sementes de hortaliças, flores e condimentos. A empresa iniciou suas  atividades visando inicialmente a comercialização de sementes no sul do Brasil, mas, posteriormente, montou uma rede que permite a comercialização em todos os municípios e estados do país. Hoje possui 87 distribuidores no Brasil e exporta sementes para toda a América do Sul e para alguns países da Ásia e África.                     
    Com capital 100% nacional e 47 anos de atuação, a Agristar do Brasil atua na pesquisa, produção e comercialização de insumos e serviços para horticultura, fruticultura e paisagismo. Foi fundada em 1958 sob o nome de L. Daenfeld e em seguida adotou a razão social Topseed Sementes Ltda. Hoje sob o nome de Agristar do Brasil Ltda, é uma das grandes empresas nacionais de produção e comercialização de sementes.                 
    Atualmente, a empresa conta com três unidades industriais - uma em Itaipava (Petrópolis/RJ), onde está instalada a sede administrativa, os departamentos comercial e de marketing, o laboratório de controle de qualidade, a seção de embalagem das sementes, as câmaras desumidificadoras para armazenagem, e o processo de peletização e pré-germinação de sementes. Em Orizona (GO), fica localizada a unidade de pesquisa, produção e beneficiamento de sementes. No ano de 2004 a Agristar iniciou a produção de sementes em Jaíba (MG). O Projeto Jaíba, do Governo de Minas Gerais, existe desde a década de 1970 e conta com 26.790 hectares. Quando totalmente concluído, o Jaíba será o maior perímetro irrigado da América Latina, e ainda com capacidade de chegar a 100 mil hectares.
                 
    Linha de produtos                 
   Com mais de 300 produtos em comercialização, a Feltrin Sementes é hoje a  quarta empresa em vendas de sementes no Brasil, possuindo uma linha muito diversificada  de produtos, com diferentes características técnicas, visando o atendimento de diferentes  clientes em inúmeras regiões no Brasil. As hortaliças mais importantes são Coentro,  Tomate, Pimentão, Cebola e Melão. “No Brasil, o custo da semente para o consumidor final é pouco significativo, girando em torno de 3 a 10% do custo de uma lavoura. Uma semente de Tomate Ellen custa ao agricultor 7 a 10% do custo final de condução de uma planta, garantindo  sua produção e produtividade.”, comenta o executivo da Feltrin.                     
   Todo volume de produção da Agristar, além das sementes das marcas internacionais que representa com exclusividade, bem como equipamentos e outros insumos e serviços  agrícolas, produzidos por terceiros, é comercializado por meio de três unidades de negócios distintas: Topseed Premium, que é focada no desenvolvimento de sementes de alto potencial  genético e excelente qualidade fisiológica, destinada a horticultura. Essa divisão da Agristar  se destina também a comercializar e distribuir marcas de sementes de empresas produtoras  dos Estados Unidos, França, Holanda, Israel, Japão, entre outros.                     
   A Topseed Garden é responsável pelo desenvolvimento de produtos tradicionais, voltados para pequenos e médios produtores e produtos inovadores direcionados ao mercado de consumo Hobby & Lazer. E a Agritech, que é focada no desenvolvimento de tecnologias para melhoria do desempenho das sementes (peletização, recobrimento e prégerminação), ao mesmo tempo comercializa insumos, substratos para plantas e fertilizantes foliares. Na ISLA, a quase totalidade dos negócios se refere a sementes de hortaliças (90%), flores (7%) e temperos e ervas medicinais (2%). O 1% restante fica com a linha de livros, novidade que a ISLA instituiu em 2001. A principal semente da empresa é a Cenoura Brasília, já  que detém de 70% a 80% do mercado brasileiro de cenouras de verão. É nesta cultivar que a  ISLA alcança a maior fatia do mercado nacional.     Ao lado dela estão outras quatro cultivares,que há muitos anos são conhecidas e reconhecidas no mercado e que representam um grande volume de vendas. São elas a Beterraba Itapuã, o Coentro Verdão, a Melancia Crimson Sweet e o Quiabo Santa Cruz. No entanto, nos últimos anos, outras cultivares ganharam destaque porque tiveram um aumento espetacular nas vendas. É o caso da Alface Itapuã, da Cebola Bola e das rúculas, espécie que a ISLA possui três variedades. Juntas, estas espécies tiveram, nos últimos oito anos, um aumento de vendas da ordem de 685%.

   
                                                                          Cenoura Brasília      

    Em termos de preço, as variedades mais caras são o Melão Híbrido Canarian (R$ 140,00 /1000 sementes) e o Tomate Cereja Híbrido Chipano Longa Vida (R$ 119,80 / 1000  sementes). O Melão Canarian produz de 15 a 20 toneladas por hectare e o Tomate Cereja,  em torno de 40 toneladas por hectare. 
               
    Materiais                     
   As principais hortaliças comercializadas pela empresa Agristar são: Tomate Caqui  Indeterminado Híbrido, Cebola Híbrida, Melão Híbrido, Pimentão Híbrido, Alface Peletizada,  Melancia Híbrida e Cebola Optima. A ISLA possui um total de 389 variedades de sementes, entre hortaliças (188), flores (148), temperos e ervas medicinais (24) e sementes orgânicas (29). As espécies dividem-se em diversas variedades. Por exemplo, a cebola tem 11 variedades, a alface, 16, e a cenoura, oito. Mas existem ainda outras variantes: as cenouras possuem três calibragens (M, G e GG); além da semente nua também estão disponíveis as opções semi-peletizada e peliculada; e a cenoura Brasília está disponível ainda na versão orgânica. Como se observa, uma cultivar possui várias combinações de variantes. Dessa forma, a ISLA consegue atender a todo tipo de demanda dos clientes, que possuem diferentes necessidades e adotam procedimentos variados nas diversas partes do país.                     
    A extensão do território brasileiro demonstra diferentes condições climáticas, solo,  condições técnicas de cultivo e fatores culturais. Neste cenário, a Feltrin, estrategicamente, procura desenvolver diferentes produtos visando atender os diferentes nichos de mercado. “Sempre perguntamos quais características ou especificações técnicas devem ter nosso  produto para ser o melhor e atender os desejos de nosso cliente naquele nicho de mercado. Apenas em Abóbora, temos 22 produtos; em Alface,34; Cebola, 19; Tomate,23; e em Flores, 87 produtos”, destaca o executivo da empresa, Luís Eduardo Rodrigues.   
                 
    Natureza dos produtos                       
  Considerada uma tradicional empresa no mercado de produtos convencionais, obtendo a liderança absoluta em espécies como rúcula, coentro, rabanete, melancia e alface, a Feltrin Sementes tem ainda uma participação pequena no segmento de sementes híbridas, destacando-se, porém, variedades híbridas de abóbora, abobrinha, tomate e pimentão, que estão contribuindo significativamente para o desenvolvimento da horticultura. A empresa  tem como estratégia a introdução de 15 a 20 novas variedades no mercado a cada ano.                        
   A ISLA comercializa várias sementes híbridas de hortaliças e flores produzidas por empresas parceiras. As sementes convencionais representam a maior parte das vendas da empresa. Nessas sementes, a empresa realiza o processo de melhoramento de variedades de  polinização aberta. “Ressaltamos que, realizado tal processo, algumas dessas variedades, atingem uma padrão comparável ao de sementes híbridas”, pondera Diana Werner. A ISLA comercializa 29 variedades de sementes orgânicas, sendo parte produzida pela própria empresa e parte por empresas parceiras. Em média, são lançadas dez novas variedades a cada ano.   
              
    Produção e Melhoramento                     
    No que se refere à produção, 74% das vendas da ISLA, em 2005, foram de sementes produzidas pela própria empresa, e 26% foram de sementes importadas. A participação da produção nacional em comparação com a importada, no faturamento da empresa, cresceu 40% nos últimos oito anos. O número de variedades que a ISLA consegue produzir também subiu. Em 1985, a empresa produzia 25 variedades. Hoje, das 389 variedades do seu catálogo,  já consegue produzir no Brasil 228 variedades.                     
    A maior parte do processo de melhoramento da ISLA é realizada pela própria empresa na Estação Experimental ISLA Itapuã e na Horta Experimental, em Porto Alegre. Também realiza melhoramento através de parceria com agricultores. Atualmente, são realizados melhoramento de Cenoura Brasília, Beterraba Itapuã, alfaces, coentros, salsas e rabanetes.  Além da escolha de semente básica de alta qualidade, assistência técnica adequada aos agricultores cooperantes, beneficiamento qualificado, armazenamento em condições  ideais, a ISLA realiza diversos tipos de revestimento: peletização, semi-peletização  e peliculização, bem como padronização detamanho e da qualidade fisiológica.


   
                                                                        Tomate Ellen  

    Oferecendo a seus clientes o que existe de mais moderno em sementes de hortaliças,  a Agristar trabalha através de um sistema de parceria com as mais avançadas empresas  mundiais de sementes de hortaliças do mundo e tem contrato de produção com os  principais países produtores: África do Sul, Estados Unidos, Chile, entre outros. As  sementes produzidas no Brasil não fogem desse padrão de qualidade. A Agristar tem  convênio com pesquisadores nacionais e órgãos de pesquisa, além de manter estações  experimentais, onde são testadas as novas variedades a serem comercializadas pela  empresa. Também são realizados ensaios com produtores de diversas regiões, sendo  que esse período de testes dura aproximadamente três anos.                      
    A Agristar do Brasil está cada vez mais preocupada com a qualidade dos produtos que  comercializa. Uma das providências tomadas foi o credenciamento do Laboratório de Análise  de Sementes na ISO/IEC 17025, norma-base para desenvolver o sistema de qualidade dos  laboratórios de sementes. Segundo Maria Carolina Pereira da Silva, engenheira agrônoma  responsável pela Qualidade Assegurada da empresa, a ISO/IEC 17025 vai garantir aos  clientes maior confiabilidade nos resultados das análises de sementes produzidas ou  comercializadas, assegurando assim a qualidade dos produtos. Vários procedimentos são  realizados para garantir a qualidade. Entre as técnicas utilizadas estão o Priming e a  Peletização.                   
     Já a Feltrin Sementes, possui um departamento técnico responsável pela coordenação de um programa de produção de sementes. Assim, a empresa controla desde a produção das sementes básicas e a contratação de produtores rurais que desenvolvem o cultivo visando a obtenção de sementes. Esses cultivos são conduzidos com acompanhamento técnico da empresa, sendo que as sementes obtidas são destinadas aos processos de plastificação, padronização, análises e tratamento. “Nosso laboratório realiza mais de 3.800 análises por ano, visando a avaliação criteriosa das sementes a serem comercializadas”, informa Luiz Eduardo Rodrigues. Segundo ele, as novas variedades de sementes são desenvolvidas junto a  grandes grupos internacionais que possuem suas unidades de pesquisa genética.                      
   Neste caso, cabe à Feltrin obter o conhecimento detalhado das necessidades e desejos de diferentes clientes ou agricultores nos nichos de mercados caracterizados no Brasil, a partir do que são definidas as especificações técnicas dos produtos a serem lançados, de forma a promover a máxima satisfação do público-alvo. “As empresas internacionais desenvolvem seus trabalhos de melhoramento de planta visando a obtenção de novo produto com as especificações técnicas previamente definidas”, complementa Rodrigues. Em muitas espécies ou variedades, a Feltrin desenvolve trabalhos específicos, como priming, coating e peletização, visando a facilidade ou viabilidade de semeadura em condições especiais.
                 
    Distribuição                     
    Os produtos da Agristar são embalados hermeticamente e vendidos em todo território nacional através de uma rede de distribuição exclusiva e encontrados em mais de 10 mil pontos de venda, atendendo desde os grandes produtores até o consumidor final. Em termos de distribuição das sementes, a ISLA tem, entre casas agropecuárias e supermercados, 22 mil clientes em todo o Brasil, cobrindo todas as regiões e todos os estados. Para agilizar o  atendimento desses pontos e também para buscar ampliar cada vez mais sua penetração, a ISLA possui representantes e distribuidores, que cobrem várias regiões do país. Outras formas de atendimento são o tele-vendas, com discagem gratuita, e a Internet.                       
    Para atender aos clientes da empresa, a Feltrin possui 10 gerentes de vendas que coordenam 87 distribuidores avaliando as necessidades de mercado, os níveis de satisfação dos clientes e a entrega e disponibilização dos produtos, oferecidos em diferentes tipos de embalagens, permitindo o atendimento de diferentes necessidades. A Agristar possui estrutura similar à ISLA e à Feltrin.
                   
    Embalagens                     
    As sementes de hortaliças são de alto valor, inclusive algumas custando próximo a um real a unidade. Este valor reside em seu potencial genético, qualidade fisiológica e mecanismos  para aumentar seu desempenho como priming e coating. Desta maneira, as empresas de  sementes, para manterem por mais tempo as sementes com alta qualidade, aumentam o  potencial de armazenamento das sementes, em geral para três ou mais anos, através do  uso de embalagens especiais à prova de umidade. Para isso, reduzem a umidade das  sementes para percentuais inferiores a 7%.


   
                                                                Cebola Optima F1 

    As empresas utilizam, em geral, os seguintes tipos de embalagens: 
 ·         Envelopes: possuem entre 5 e 12 gramas e destinam-se a produtores que cultivam em  áreas maiores; Envelopes aluminizados e herméticos, com apresentação simplificada, têm redução  de 50% no preço. O conteúdo varia em torno de 6 gramas, e o produto está disponível em  caixas com 50 envelopes; Flores: as flores têm envelope especial, cuja quantidade de sementes varia de cultivar  para cultivar. 
 ·         Latas: de 25, 50, 100, 200, 300, 400 e 500 gramas. 
 ·         Caixas: de 500 gramas, 1 quilo e 2 quilos. 
 ·         Sacos plásticos: de 500 gramas e 5 quilos. 
 ·         Sacos de ráfia: de 25 quilos. 
 ·         Baldes: de 5 e 10 quilos 
 ·         Embalagens diferenciadas: envelopes de venda unitária - com 50, 100, 500 e 1.000 sementes; envelopes de venda unitária com 1, 3, 5 e 10 gramas; latas de 5 mil sementes peletizadas de alface; latas de 50 mil sementes semi-peletizadas de cenoura; caixa de bulbos de gladíolos com 6 unidades e saco com 25 unidades. 
               
    Importação e Exportação                     
    A necessidade de importação vem diminuindo a cada ano, na década de 1990,  a relação ficava mais ou menos em 50% das vendas para produtos importados e 50%  para sementes produzidas pelas próprias empresas. Em 2005, apenas 26% da comercialização foi de sementes importadas. Para atender suas necessidades, as empresas desenvolvem programas tanto no Brasil como no exterior, procurando implantar cultivos dentro de padrões técnicos que assegurem a melhor qualificação, a custos competitivos. “Nos últimos 20 anos observamos grandes avanços no programa de produção de sementes no Brasil, pela descoberta de micro-climas favoráveis à produção das mesmas, assim como desenvolvimento de tecnologia de cultivo. Após anos de trabalho, percebemos que o Brasil se tornará um grande exportador de hortaliças”, observa Luiz Eduardo, da Feltrin.
              

   “O resultado dos sistemas de produção dos três mais representativos exemplos do setor de sementes de hortaliças no Brasil demonstra o estágio tecnológico avançado e o grande potencial desse segmento, cujo crescimento será decisivo para a ampliação de divisas comerciais e para a redução da fome no planeta.”  

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