CTNBio autorizou o uso comercial da primeira tecnologia com uso de Crispr no Brasil

Informe publicitário

Edição XXIII | 01 - Jan . 2019

    A nova tecnologia possibilitará o aperfeiçoamento genético das plantas e promete revolucionar a engenharia genética

    A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, no último dia 5 de dezembro, com 18 votos a favor e 4 abstenções, o uso da tecnologia CRISPR, que permite que genes sejam modificados de forma mais fácil, rápida e precisa. 

    Essa é a primeira vez que a técnica de edição de genes em uma planta é aprovada no país. Países como Argentina, Estados Unidos e China já usam essa tecnologia, também chamada de tesoura genética. A pesquisa feita aqui no Brasil utilizou o milho ceroso. “O milho ceroso (Zea mays cerifina) é um tipo de milho que foi selecionado devido à sua genética, na qual a amilopectina representa, pelo menos, 98% da composição do amido. O milho ceroso foi descoberto há mais de um século e foi selecionado e cruzado em diferentes variedades para obter um milho com um rendimento de amilopectina superior ao milho convencional. Alguns tipos de milhos cerosos também se obtêm por métodos de engenharia genética”, explicou o engenheiro-agrônomo e consultor da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), Edivandro Seron.

    A técnica que utiliza o CRISPR, do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, possui inúmeras vantagens quando comparado aos métodos convencionais de melhoramento, por ser uma tecnologia rápida, de baixo custo e com alta taxa de sucesso. 

Cientistas prometem fazer “milagres” com a tesoura genética CRISPR. A edição genética, permite aos cientistas criar, adicionar, deletar ou alterar genes individuais dentro do DNA de uma planta. Esta técnica é a mesma que poderia curar doenças hereditárias, por exemplo. Sendo assim poderia auxiliar a evitar ferrugem os fungos em plantas.

    Com o CRISPR o cultivo de plantas poderá dar um salto, possibilitando a reprodução de plantas mais rápido e mais eficiente. Os alimentos chegariam mais rápido no mercado e consequentemente à mesa de muitas famílias. Uma vez que a população mundial está crescendo de forma acelerada, é preciso produzir mais alimentos.

    Além de garantir uma reprodução mais rápida, o CRISPR também combate doenças de forma precisa, como por exemplo, proteger plantas de espécies de fungos. Os métodos atuais consistem em inserir o gene de outra planta em determinada planta para que essa não seja mais suscetível aos fungos. Com o CRISPR o gene é retirado da própria planta e ela fica imune.

    A União Europeia, em julho de 2018, decidiu através do tribunal de justiça, que a tecnologia CRISPR enquadra-se como engenharia genética e, por isso, deve seguir as regras já definidas para a área, ou seja, na Europa nenhuma plantação de campo aberto pode ser modificada pelo CRISPR. 

    Essa é uma tecnologia considerada revolucionária e é ótima para pesquisas. O potencial do CRISPR é enorme, as modificações no DNA são menores e as diferenças com os produtos naturais também são mínimas.



    SOBRE A ABRASS

    A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) foi criada em 2012 com o objetivo de unir os produtores (multiplicadores) de semente de soja em um fórum multidisciplinar voltado a fortalecer a produção de sementes de soja e o desenvolvimento da cadeia produtiva. Atua em prol de boas práticas, regulamentação jurídica, marcos legais, difusão de produtos para aumentar a competitividade do agricultor, aperfeiçoamento de instrumentos de políticas públicas, entre outras frentes. Possui cerca de 60 associados, que representam aproximadamente 70% da produção de sementes de soja do Brasil. Está presente em 12 estados e no Distrito Federal, com sede em Brasília.


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