Consultas

Edição XIX | 05 - Set . 2015
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    Nesta seção procuramos atender aos questionamentos enviados pelos leitores. As eventuais dúvidas sobre temas veiculados pela SEEDnews ou mesmo outros pertinentes à atividade agrícola, podem ser encaminhadas para redacao@seednews.inf.br 


    Escuto com frequência que na semente que compro vem embutido um valor referente à permissão que o produtor de sementes possui para comercializar as sementes de um obtentor. Gostaria que explicassem um pouco mais.

    Realmente, o produtor de sementes paga um Royalty para o programa de melhoramento que criou e desenvolveu uma nova cultivar. Este valor varia ao redor de 10% no preço da semente. Além deste valor, há um outro, no caso de material patenteado, a exemplo da soja RR2Bt. Este valor chama-se de Taxa Tecnológica, que é de R$ 115,00 por hectare. Estes valores são essenciais para a sustentação da criação e desenvolvimento de materiais superiores.


    Tenho comprado sementes de trigo, em cuja embalagem de 40kg há várias informações, entre elas que a germinação mínima é de 80%. Em outras palavras, que o lote de sementes pode possuir até 20% de sementes mortas. Será que, com todos os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos, não é possível que se possa ofertar sementes, cujo percentual de germinação seja no mínimo 85, 90 ou inclusive 95%?

    Para ser comercializada, a semente necessita ter um padrão mínimo de qualidade, que no caso da germinação, é de 80% para as grandes culturas. Isto quer dizer que os lotes de sementes, para serem comercializados, possuem de 80 a 100% de germinação, cujo valor exato vai no termo de conformidade que acompanha o lote de sementes. Neste sentido, alguns produtores de sementes estão colocando na embalagem (para facilitar o entendimento do agricultor) que a germinação é de 90% ou inclusive 95%. 



    Estou importando semente do Uruguai e gostaria de saber se a terminologia das classes e categorias de sementes são iguais às nossas aqui do Brasil.
   Todos os países do Mercosul possuem a classe de sementes certificadas com quatro categorias, entretanto a terminologia não é igual. Porém, no caso do Uruguai, as categorias C1 e C2 são iguais às do Brasil. Por outro lado, na classe não certificada, no Uruguai, existem as categorias Comum A e a Comum B, enquanto no Brasil há as categorias S1 e S2.




    Possuo alguns lotes de sementes de arroz que não foram comercializados na safra de 2013/14. Assim que constatei a não comercialização das sementes, coloquei-as em um ambiente com temperatura de 10ºC e umidade relativa de 50%. Será possível comercializá-las em 2014/15?
    As sementes de arroz possuem um bom potencial de armazenamento, e, nas condições em que foram armazenadas, provavelmente manterão sua qualidade fisiológica por dois a três anos, dependendo de sua qualidade inicial. Mesmo assim, para comercializá-las, um novo teste de germinação deverá ser feito.



    Gostaria de ter uma ideia de quanto se aproveita para semente de cada hectare que se instala para produção de sementes de soja.
    As perdas podem ser atribuídas a fatores de campo e aos processos de pós-colheita. Com os avanços referentes à colheita (quando e como), de beneficiamento e no esfriamento dinâmico das sementes, o aproveitamento pode facilmente alcançar 50% da produtividade de grão, ou seja, em média de 1,5t/ha. 
Compartilhar