Evolução do Laboratório de Análise de Sementes

Edição IX | 06 - Nov . 2005
Maria de Fátima Zorato-fatima@mfzorato.com.br
    A importância de um laboratório de análise de sementes sempre foi inquestionável. No entanto, o marco evolutivo de seu destaque foi com a instituição da Lei de Proteção de Cultivares, que protegeu os direitos da propriedade intelectual na área de melhoramento genético de espécies vegetais. Com o desenvolvimento de cultivares mais produtivas e responsivas nos campos, tornou-se imprescindível a profissionalização do setor sementeiro, visando qualidade, e também a modernização da indústria de sementes, devido a competição estabelecida entre as empresas que se adequaram à mudança de comportamento de mercado, onde o marketing e atendimento ao cliente ganharam importância fundamental.               
    As benesses advindas do programa de melhoramento transformaram a semente no veículo transportador de toda a tecnologia agregada e exigiram mecanismos mais intensos de aferição de sua qualidade, sendo assim necessário um suporte laboratorial integrado ao sistema de produção de sementes bem mais profícuo, provendo o apoio técnico para aprimoramento do produto e correções de falhas do processo de produção. A semente tem sua qualidade avaliada por um conjunto de índices, o somatório dos atributos genético, físico, fisiológico e sanitário, que são determinados pela análise de uma amostra representativa de um lote. A análise de sementes representa os procedimentos técnicos utilizados para avaliar a qualidade e a identidade da amostra.               
    O laboratório de sementes, visto como o centro da verificação da qualidade, é uma unidade constituída e credenciada especificamente para proceder a análise e emitir o respectivo boletim. De acordo com a legislação pertinente baseia-se nas Regras para Análise de Sementes (RAS), que se fundamentam na uniformidade dos procedimentos e especificam padrões para os diferentes métodos de análises empregados, assim como os tamanhos máximos para os lotes de sementes e o peso mínimo da amostra média ou submetida e da amostra de trabalho para os diferentes tipos de testes.               
     A quantidade de sementes analisadas em um laboratório é muito pequena em relação ao tamanho do lote a qual representa. Se o lote não for homogêneo ou se houver erro na amostragem, as informações serão incorretas e comprometedoras, podendo beneficiar ou prejudicar os usuários das sementes analisadas. Dessa forma, é necessário proceder de acordo com métodos pré-estabelecidos e, rigorosamente seguidos, para a coleta de amostras. 

     “A semente é vida e vida deve ser tratada com muito cuidado e carinho. Este é o segredo.”

    Infra-estrutura              
    Para a instalação de um laboratório, é necessária infra-estrutura adequada ao volume de sementes analisadas e obediência às normas específicas:              
1. Recepção/protocolo - deve ser ampla e conferir suporte necessário para armazenar as amostras. É o local onde se realiza a checagem e confirmação das informações inerentes ao lote de sementes e posterior protocolo;              
2. Sala de homogeneização - destinada ao preparo da amostra de trabalho. Deve conter os equipamentos como homogeneizadores apropriados às diferentes espécies credenciadas, balanças analíticas, determinador do grau de umidade (opcional) entre outros materiais;              
3. Sala de execução de análise (operacional e técnica) - deve utilizar dois ambientes - um para instalação operacional dos testes, que deve ter mesas e cadeiras de alturas  apropriadas obedecendo a questão ergométrica para minimizar problemas aos colaboradores, além de equipamentos, materiais de consumo (papel específico para germinação, lápis cópia, atílios de borracha), soluções, reagentes, entre outros, utilizados nos testes. O segundo ambiente deve ser estruturado para as análises técnicas propriamente ditas, ou seja, a verificação da qualidade das sementes. Necessita mesas de altura apropriada para o analista, material e equipamentos de suporte às avaliações (mesas de pureza, pinças, balanças, luminárias e lupas de aumentos de acordo com a necessidade dos diferentes testes, entre outros);                 
4. Sala de germinadores (câmaras) - de tamanho adequado à demanda do laboratório, deve possuir germinadores em número suficiente, termômetros de máxima e mínima e aparelhos de ar refrigerado;                
5. Arquivo de amostras - deve ser compatível com o número de amostras recebidas para análises, ter sistema de ar refrigerado e desumidificadores de ar funcionais (temperatura entre 10°C a 15°C e umidade relativa do ar entre 50% a 60%) e ser protegido contra a ação de insetos e roedores, para garantir o estado de conservação do lote de sementes até o período recomendado ao descarte;                 
6. Escritório - com equipamentos e materiais de consumo necessários à emissão de laudos e boletins de análises.
                    
    Todos os equipamentos apropriados às análises devem ser periodicamente calibrados e devem ser efetuadas as devidas manutenções para assegurar a exatidão de resultados.                
    O laboratório de sementes não pode ser responsável pela deterioração da amostra durante o período da análise. Para tanto, todo esforço deve ser feito para iniciar a análise tão logo de seu recebimento, reduzindo ao mínimo o tempo de espera. Se for necessário  conservar as amostras médias ou submetidas durante algum tempo, antes de sua análise, é essencial que estas estejam armazenadas em ambiente ventilado ou com aparelho de ar refrigerado, de tal maneira que as alterações na qualidade das sementes, como dormência, grau de umidade e germinação, sejam mínimas possíveis.     
            
    Pessoal                
    Os profissionais devem ser qualificados, tanto técnica quanto operacionalmente. As capacitações devem ser realizadas através de treinamentos e reciclagens periódicas, para desempenho das diferentes funções. Além dos treinamentos internos, existe o intercâmbio entre laboratórios e o treinamento obrigatório dos analistas junto aos laboratórios oficiais, supervisores (estaduais ou federais).                
   O perfil de pessoas envolvidas num laboratório de sementes é determinante para o sucesso deste, porque o trabalho é ardiloso, exige grande responsabilidade, necessita boa acuidade visual, e principalmente paciência, por se tratar de um trabalho rotineiro, e determinado teste, às vezes, precisa da dedicação durante horas para a realização e encerramento de uma análise. Outros aspectos relevantes considerados são a ética profissional, a capacidade de discussão e argumentação sobre os testes e relacionamento em equipe, haja vista, a execução das atividades, um dependente do outro.               
    A avaliação da qualidade de trabalho dos analistas é realizada, normalmente, através de testes de aferição, treinamentos, reciclagens entre estes, na época inicial das atividades.
    Quando na execução de análises ocorrem dificuldades em qualquer dos testes, no período de baixa atividade busca-se um treinamento específico dentro daquela modalidade, da espécie ou cultivar, até a adequação necessária e todos atenderem o mesmo padrão referencial. Uma outra forma de avaliação dos analistas é feita de forma externa, após a finalização das análises, quando é realizada uma coleta aleatória pelo laboratório supervisor do estado para aferição das análises. Esta comparação nos testes é um instrumento valioso que possibilita a correção e melhoria do desempenho dos laboratórios credenciados e proporciona a confiabilidade.    
              
    O objetivo                 
    O objetivo principal do laboratório é gerar informações detalhadas sobre o potencial de desempenho das sementes, através de testes especializados e padronizados, que são adjuvantes na identificação de problemas e suas possíveis causas, para minimizar riscos em qualquer das fases de produção, ou seja, da pré-colheita até o momento de semeadura. O cotidiano da prestação de serviço em um laboratório de sementes contempla uma rotina estabelecida através de recebimentos de amostras médias (submetidas), protocolo, homogeneização, preparação da amostra de trabalho, realização das análises (testes específicos) solicitadas pelo produtor, arquivo da contra-amostra, emissão de laudos e boletins e a entrega de resultados.                
   Os principais testes efetuados são: análise de pureza, verificação de espécies e cultivares, exame de sementes nocivas, germinação, teor de água (grau de umidade), peso de mil sementes, dano de máquina (algodão), tetrazólio e envelhecimento acelerado. A responsabilidade, a disciplina e a seriedade que devem ser mantidas num processo de análise de sementes são as ferramentas que fazem o diferencial dos laboratórios que conquistam maior ou menor credibilidade.    
             
    O LAS da Aprosmat                
   E neste sentido, o laboratório de análise de sementes da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), criado em 1989, vem desempenhando um relevante papel frente à produção de sementes, que o tornou um dos maiores da região, em estrutura física, pessoal e número de análises/ano. Encerrou no ano 2004 com 38 mil amostras analisadas, significando mais de 100 mil testes realizados.               
    Acompanhando a pujança da agricultura mato-grossense, atendendo a demanda cada vez maior, objetivando melhorar de forma contínua a qualidade de seus serviços e satisfazer a necessidade de seus clientes, os produtores da Aprosmat investiram numa infra-estrutura adequada à dimensão da demanda existente e inauguraram em maio de 2004 as novas  instalações do laboratório de sementes – próximo de 1000 metros quadrados de construção, com um sistema de câmaras modernas, germinadores, equipamentos especializados aos diferentes testes, microcomputadores para todos os analistas.

                

   Foi o primeiro laboratório de sementes no Brasil, desde 1999, a implementar a informatização nos diferentes testes efetuados e a receber e protocolar amostras com código de barras. Todas estas conquistas e inovações proporcionaram agilidade de informação dos resultados e auxiliaram na motivação, não somente dos analistas, mas também de todos os envolvidos no setor de sementes, usuários do laboratório, os quais foram buscar adequação em seu sistema, e isso contribuiu para o desempenho do trabalho como um todo. O laboratório da Aprosmat está credenciado junto à Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na análise de sementes para as mais diversas espécies: soja, algodão, arroz, milho, feijão, milheto, sorgo, café e várias espécies forrageiras.                   
   Está também credenciado para detecção de Organismos Geneticamente Modificado (OGM), e atua de maneira efetiva, analisando tanto amostras de sementes e grãos dos associados quanto de terceiros, que destinam grãos às indústrias. Assumiu, em 2003, o compromisso de adoção e implementação do Sistema de Qualidade respaldado nos requisitos da Norma NBR ISO/IEC 17025, bem como o de cumprimento dos objetivos do mesmo, desenvolvendo trabalhos  confiáveis que assegurem a qualidade, baseados nas RAS e demais padrões e legislações aplicáveis.                
   Além das áreas de atuação já mencionadas, o laboratório é responsável pelo  desenvolvimento do Sistema de Qualidade em Sementes - SQS - programa pioneiro e voluntário de qualidade de sementes dos produtores de soja licenciados da Fundação MT, que atendem a mais de 50% da área cultivada no estado de Mato Grosso ( 5,5 milhões de hectares). O SQS é um programa educacional para qualidade de sementes de soja e foi o grande diferencial, que a partir de 1998, ano de sua implementação, mudou o perfil do laboratório, fazendo-o adequar-se à nova realidade de mercado, trazendo com ele profissionais de alta qualificação técnica que, a partir de então, transformaram informações em resultados assistidos, nas diferentes fases da produção das espécies analisadas.                
    Com o anseio de melhorar a qualidade dos participantes do SQS, foram surgindo alternativas. Uma delas, que depois se estendeu aos demais produtores, foi as análises de pré-colheita, extremamente valorizados pelos produtores de soja, pela resposta imediata.                
    A qualidade se faz no campo e a pré-colheita é exatamente a observação de quais características as sementes apresentam no momento que antecede a colheita. Este trabalho passou a ser realizado em horário diferenciado (madrugada), subsidiando os produtores e técnicos com todas os dados referentes aos talhões a serem colhidos e verificados através de análise de pureza genética e teste de tetrazólio, sob os aspectos de deterioração por umidade e danos causados por insetos (percevejos) e, se já efetuado algum teste da colheita, inclui o dano mecânico. A denotação da importância do trabalho de pré-colheita é observada  pelo número de análises, que são de três a quatro mil amostras/ano. Para atender produtores mais distantes da área do laboratório, são deslocados colaboradores para a região próxima da produção e organizado um mini-laboratório, com infra-estrutura que permite a realização dos testes mencionados de pré-colheita, visando atendimento no momento considerado o mais importante da produção de sementes de soja.                
    Outro ponto alto do trabalho desenvolvido está na forma de informar os resultados obtidos. Esses são repassados junto com interpretações e fotos, para melhor visualização dos problemas incidentes, em tempo real, auxiliando as equipes técnicas e operacionais nas decisões e direcionamentos dos campos destinados à produção de sementes. Este dinamismo se traduz em renda, porque, uma vez reprovado o campo, o produto vai direto para a indústria, minimizando com este procedimento gastos desnecessários, como recebimento de matéria- prima que não apresenta qualidade e que será descartada após procedimentos operacionais. Uma outra estratégia usada no laboratório da Aprosmat se refere ao  desenvolvimento de novas interpretações à técnicas já existentes e com treinamentos específicos para os analistas, que realizam quantidade expressiva de avaliações, tornando-se possível chegar mais próximo da real qualidade do lote e seus principais problemas. Uma destas interpretações é sobre o tetrazólio, teste já consagrado e considerado completo para identificação de danos fisiológicos (dano mecânico, deterioração por umidade, danos de insetos). Foram incorporadas ao teste sub-classes que auxiliam na identificação de potenciais problemas. Faz-se um diagnóstico após análise e interpreta-se a causa principal da diferença entre vigor e viabilidade. Dependendo do dano que incide para a diferença, a amostra pode ter sua qualidade reduzida com o passar do período, porque pode ser um dano evolutivo.                   
    Ainda, como o atributo fisiológico é fundamental para a formação da lavoura, no teste de germinação - com o objetivo de evitar riscos em lotes considerados potencialmente problemas, de menor qualidade - esses são distribuídos em canteiros, locais que representam maior proximidade de onde será efetuada a semeadura (em campos do produtor rural), e com os dados de emergência vão sendo feitos ajustes na interpretação e informação para melhor confiabilidade do teste.



    

   Sala de homogeneização  

   No laboratório da Aprosmat os resultados não são enviados apenas em números. São também informados através de fotos, gráficos que facilitam o entendimento das pessoas envolvidas, e de resumos indicativos de riscos, em que dependendo do tipo de dano existente nas sementes a qualidade vai se reduzir. Todas estas alternativas de comunicação são no sentido de fazer caminhar juntos, laboratório e campo. Esta atitude tem sido recompensada através do número de amostras recebidas dos produtores associados e também dos usuários das sementes que querem checar a veracidade de informação recebida.                
   O desempenho alcançado se deve à forma de gestão do capital humano, primordial na obtenção de bons resultados. Todo pessoal é qualificado através de treinamentos e reciclagens (internos ou externos) e são formados através de grupos de estudo para as diferentes espécies, onde participam os colaboradores técnicos e, principalmente, os operacionais de trabalho de apoio (homogeneização, instalação de testes etc.). Esta integração facilita a comunicação e favorece o bom andamento das análises.                
   O laboratório da Aprosmat tem à frente dos trabalhos e treinamentos uma Coordenação e Gestão Geral de uma doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes e uma engenheira agrônoma, como Responsável Técnica. A formação educacional dos analistas (parte técnica) é composta em grande parte por pessoas de nível médio e segundo grau. Ao todo, somam 31 colaboradores. Para melhor fluir o desenvolvimento de tarefas, comitês especiais e grupos de estudos técnicos foram formados.                
    Nos grupos de estudos participam todos, técnicos e operacionais, porque quando se sabe a importância do assunto, a responsabilidade torna-se maior e facilita mais a operacionalização. As espécies são estudadas e realizam-se os testes para o treinamento de todos. Existe o líder de cada espécie e este tem que estar atualizado em literatura, repassando as informações inerentes. Sempre considerando a pessoa como o ingrediente fundamental do sucesso, várias medidas são adotadas para o bem estar da equipe. Como existem épocas de demandas muito acentuadas, exaustivas, e também buscando sempre a integração, o laboratório conta com psicóloga que realiza dinâmicas de grupo.               
    Um grande ganho para a equipe técnica foi a instituição de turnos de seis horas de trabalho. Isso permite uma flexibilidade maior, inclusive benéfico no sentido de busca ao estudo, ao qual é dado incentivo total por entender-se que é um caminho muito mais fácil à compreensão e ao aprendizado. Com tudo isso e com o implemento de turnos, foi computada eficiência em 30% no desenvolvimento dos trabalhos realizados com o implemento de turnos.           
      
    Laboratório de sanidade de sementes                
    A implementação do laboratório de sanidade de sementes tem como ponto relevante complementar a avaliação da qualidade das sementes em seu processo de produção. Nesse processo, a verificação da sanidade visa investigar, dentre outros fatores, as causas da baixa germinação e emergência, auxiliar no direcionamento do tratamento químico das sementes, visando os fitopatógenos mais importantes em cada região, além de embasar os limites de tolerância em programas de certificação e trabalhos de pesquisas da área. O laboratório da Aprosmat contabiliza, para sua programação do ano 2006, a implantação da norma NBR ISO 9001: 2000 visando a organização do sistema integrado e, no futuro, ser acreditado pela International Seed Testing Association(Ista), devido ao crescimento do comércio internacional de sementes, principalmente o de espécies forrageiras.               
    Como se trata de um aglomerado de atividades, atualmente existe como adjuvante na administração dos laboratórios um Conselho Consultivo composto de cinco diretores, inclusive o diretor-presidente, Evandro Ricardo Ríeis da Silveira; um técnico doutor em Ciência e Tecnologia em Sementes; um técnico, Mestre em Melhoramento Genético; e engenheiros agrônomos comerciais e técnicos para dar suporte ao desenvolvimento do laboratório. Está surgindo, na realidade, um complexo tecnológico, no qual muitas outras conquistas poderão e deverão constar.                  
    O serviço que os produtores contratam nos laboratórios da Aprosmat recebe a devida atenção, no sentido de verificar e informar sobre os atributos da qualidade das sementes (genético, físico, fisiológico e sanitário) dentro de padrões estabelecidos, buscando dessa maneira a responsabilidade para não comprometer todo o trabalho e a confiança nele depositada. A conquista da credibilidade depende de vários fatores integrados, como investimentos em recursos materiais e, principalmente, humanos, através de preparo, capacitação e no comprometimento profissional.



    

    Teste de sanidade

    Maior conhecimento                 
    A informação somente se transforma em conhecimento após a interpretação. E é exatamente este o objetivo dos profissionais dos laboratórios da Aprosmat: que os envolvidos na produção, cada dia tenham mais conhecimento sobre a qualidade das sementes. O reconhecimento da competência técnica do laboratório de sementes para realização de análises confiáveis tornou-o modelo hoje no Brasil. São recebidos inúmeros visitantes nacionais e internacionais, que querem conhecer o segredo que está por trás da produção de sementes de Mato Grosso.               
    “Qual a sensação de coordenar uma tarefa tão grandiosa e exaustiva? Ela é, ao mesmo tempo, árdua e asfixiante, porém, no momento em que se percebe a resposta do campo e a valorização do trabalho, cada dia, cada ano com mais amostras recebidas, inclusive de diferentes estados da federação, tem-se a certeza de que a missão está sendo cumprida. Cada um deve deixar sua colaboração assinada. A semente é vida e vida deve ser tratada com muito cuidado e carinho. Este é o segredo.” observa Fátima Zorato, coordenadora geral do laboratório.

                           

 

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