Cientistas da Universidade Purdue (Indiana, EUA) investigaram como o número de folíolos nas folhas da soja afeta sua capacidade de capturar a luz solar.

   Com foco em uma mutação espontânea chamada lf2, caracterizada por sete folíolos em vez dos três habituais, o estudo pode ajudar a elucidar como os folíolos se formam e potencialmente melhorar as culturas de soja.

   A pesquisa descobriu que a característica de sete folíolos se desenvolve em dois estágios: primeiro, cinco folíolos aparecem e, em seguida, mais dois crescem a partir do folíolo central. Analisando os genes da planta, descobriu-se que uma pequena deleção em um gene específico (semelhante ao encontrado em Arabidopsis) causa a mutação lf2. Essa deleção provavelmente altera uma parte fundamental da proteína que controla o desenvolvimento dos folíolos.

   Para confirmar suas descobertas, os pesquisadores empregaram duas abordagens. Primeiro, ao introduzir a versão normal do gene no mutante de sete folíolos, as plantas voltaram a ter três folíolos. Em seguida, ao alterar intencionalmente o gene normal usando CRISPR-Cas9, as plantas começaram a desenvolver folíolos adicionais.

   Os resultados do estudo fornecem informações sobre como as folhas se desenvolvem em plantas como a soja e podem levar ao desenvolvimento de cultivares que sejam melhores na fotossíntese e produzem maiores rendimentos.