Organismos não alvo (NTO) são essenciais para avaliar o progresso da tecnologia conforme estipulado pela legislação de biossegurança

Organismos não alvo (NTO) são essenciais para avaliar o progresso da tecnologia conforme estipulado pela legislação de biossegurança

   Marco no agronegócio brasileiro, a lei de biossegurança - Lei 11.105/05 visa garantir a biossegurança do meio ambiente, agricultura, saúde humana e animal. E é nesse âmbito que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) atua na segurança alimentar e meio ambiente do nosso país através da Comissão Nacional Técnica de Biossegurança. Colegiado de alta patente nacional trabalha na produção de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente. Um desses parâmetros é a avaliação de organismos não alvo.

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Praga não alvo - Diabrotica speciosa.


   Alvo se refere a todo o organismo que se pretende controlar com determinada tecnologia, como por exemplo as tecnologias conhecidas por "Bt" em que plantas geneticamente modificadas são resistentes a lepidópteros pragas, portanto, essas lagartas seriam o alvo, o objeto de controle".

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Praga alvo - Spodoptera frugiperda.


   Organismos não alvo, ou NTOs são todos os outros organismos presentes naquele ecosistema que pode ter impacto advindo de determinada tecnologia. Para uma tecnologia "Bt" por exemplo, podemos contabilizar aranhas, joaninhas, tesourinhas (predadores), cigarrinhas, pulgões (herbívoros), vespinhas parasitoides, abelhas (polinizadores) e até mesmo os decompositores. Ou seja, toda a comunidade de artrópodes do agroecossistema.

   Saber avaliar os NTOs requer base da taxonomia, morfologia, biologia e comportamento desses invertebrados. Corpo técnico robusto dentro das instituições de pesquisa é ponto principal para a prestação de serviços ecológicos como o de avaliar o risco de impacto ambiental da cultura transgênica sobre os organismos não alvo.

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Extratores de invertebrados do solo.


   A Syntech Research Group desenvolve pesquisas independentes para as empresas que desenvolvem sementes geneticamente modificadas quanto a avaliação de NTO. Além dos campos experimentais certificados quanto as normas de biossegurança, possui laboratório equipado e corpo técnico especializado na identificação dos organismos.

   Coleções de referências são mantidas na instituição com os exemplares capturados através dos diferentes tipos de amostragem. Tarciso Bortolin, entomologista com 12 anos de experiência na área, explica que uma análise criteriosa precisa ser realizada para a correta escolha e posicionamento dos diferentes tipos de armadilhas para que os resultados sejam consistentes e confiáveis. Os NTOs podem ser capturados através de métodos passivos como o de armadilhas do tipo alçapão ou pitfall quando o objetivo é avaliar os artrópodes da superfície do solo. Para a avaliação dos artrópodes aéreos o método mais comum de avaliação é o de cartelas adesivas e bandejas amarelas. Coletas ativas como a análise visual e o pano de batida visam observação dos organismos na arquitetura da planta. Esses dados precisam ser capturados por pessoal qualificado e são essenciais para um laudo conclusivo. Outros tipos de coletas podem ser utilizadas para avaliação de serrapilheira ou de organismos que vivem abaixo do solo. A escolha dos tipos e quantidade de armadilhas também são avaliadas de acordo com as características da cultura agrícola em questão.

   Após minuciosa triagem, classificação e identificação dos organismos, conseguimos comparar através de diferentes métodos estatísticos e ecológicos a comunidade de artrópodes de uma planta convencional e da planta geneticamente modificada, objeto de estudo.

   Com esses resultados conseguimos prover informações para avaliar o risco de impacto da tecnologia geneticamente modificada nos organismos não alvos, embasada cientificamente. A sustentabilidade da biotecnologia é promovida nesse arcabouço sólido de legislação elogiada mundialmente.

   Neste mercado, a SynTech, por meio desses estudos, promove condições adicionais para a implementação de manejo integrado de pragas ou outros alvos onde eventos biotecnológicos sejam elementos chaves, ajudando na sustentabilidade dessas ferramentas. Além disso, estudos abrangentes, como os relativos à degradação de resíduos culturais, composição nutricional, aspectos agronômicos, eficácia e também a microbiota do solo integram o âmbito das atividades de um CRO comprometido com a excelência, integridade e ciência que o tema exige.

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Corpo técnico do laboratório de entomologia da Syntech Research Group.

Subject:Biotecnologia

Author:Syntech Research

Publication date:11/12/2024 12:04:16

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