As autoridades das Filipinas desregulamentaram seu primeiro produto geneticamente modificado para importação e propagação comercial: uma banana editada geneticamente pela startup britânica Tropic Biosciences que foi criada para evitar oxidação ou escurecimento. Essa cultivar editada pode ajudar a reduzir as emissões de CO2 em mais de 25% e o enorme desperdício de alimentos (60% das bananas exportadas se perdem antes de chegar ao consumidor).

   Tropic, uma start-up pioneira em biotecnologia agrícola do Reino Unido que usa a técnica de edição de genes CRISPR para melhorar as características de bananas e café, anunciou que sua banana editada por genes que não escurece foi avaliada tecnicamente e determinada como não transgênica pelo “Plant Industry Bureau do Departamento de Agricultura das Filipinas”. Esta banana é o primeiro produto geneticamente modificado a passar pelo processo regulatório filipino de edição de genes.

   Este produto inovador pode contribuir para uma redução das emissões de CO2 equivalente à retirada de 2 milhões de carros de passeio por ano. Com esta determinação, a banana tropical não amarronzada pode ser livremente importada e propagada nas Filipinas.

   O Dr. Ofir Meir, CTO da Tropic, disse: “O governo filipino implementou um processo eficiente, transparente e com base científica para avaliar a segurança de plantas editadas geneticamente. Esse é exatamente o tipo de sistema que incentiva empresas como a Tropic a investir em tecnologias inovadoras para desenvolver soluções sustentáveis ​​para os agricultores filipinos.”

   A Tropic Biosciences se dedica ao desenvolvimento de cultivos tropicais que sejam resistentes a patógenos problemáticos e alcancem maiores rendimentos, especialmente contra a cepa TR4 de Fusarium, que tem em xeque (sem medidas de controle disponíveis) a indústria mundial da banana Cavendish, a mais comercializada e consumida no mundo. A startup utiliza a plataforma GEiGS®, que inclui edição de genes e silenciamento de RNAi, e também aplica em arroz, café e beterraba, nesta última, para gerar resistência ao amarelecimento viral (causado pelo vírus VY), que produz prejuízos de até 80% da produção.

*Esta notícia foi publicada pela “ChileBio” e pode ser acessada em seu idioma original através de: https://www.chilebio.cl/2023/04/19/filipinas-da-luz-verde-a-platano-editado-geneticamente-que-no-se-oxida-reduciendo-el-desperdicio-alimentario/