Consultas

Edição XXI | 06 - Nov . 2017
Equipe SEEDnews-seednews@seednews.inf.br

    Nesta seção procuramos atender aos questionamentos enviados pelos leitores. As eventuais dúvidas sobre temas veiculados pela SEEDnews ou mesmo outros pertinentes à atividade agrícola, podem ser encaminhadas para redacao@seednews.inf.br 


    Devido à alta variedade de produtos químicos sendo oferecidos para tratamento de sementes, acabo frequentemente discutindo formulações e diferentes combinações com minha equipe. Porém, nos preocupamos com o volume de água à qual a semente se expõe em muitos casos. Como podemos saber se a qualidade da semente está em risco?

    Os benefícios do tratamento de sementes são percebidos pelo agricultor, pois podem aumentar o desempenho das sementes frente a condições adversas, tanto bióticas como abióticas. Entretanto, cuidados devem ser observados para que a semente não fique muito úmida, pois isto afeta sua qualidade fisiológica. Em sementes de soja, quando o tegumento enruga, é sinal que a água foi demasiada. Assim, como regra, o aumento de 1% de umidade das sementes após tratamentos já são indícios de possíveis impactos na qualidade final após a operação.



    Tenho uma estrutura de UBS que suporta as atividades de pós-colheita de soja. No entanto, gostaria de utilizar os secadores estacionários para diminuir o teor de água do arroz a partir de 20%, armazenando-o a 13%. Quais seriam os possíveis problemas existentes?

    Os secadores estacionários utilizam um menor fluxo de ar e uma maior umidade relativa para secar as sementes, em relação aos secadores intermitentes. Assim, possuem uma menor velocidade de secagem, sendo normal apresentarem uma capacidade de secagem de uma a duas cargas por dia. Enfatiza-se, portanto, no caso do arroz, que a capacidade de secagem deva ser de 100% da produção estimada.  



    Já escutei que o fato dos cotilédones da soja situarem-se acima do nível do solo após a emergência pode influenciar a ação do tratamento de sementes, especialmente de fungicidas. Isto realmente ocorre?

    As sementes no processo de embebição necessitam absorver quantidades significativas de água (em relação à sua massa seca) por um relativo período abaixo do solo para desencadearem o processo de germinação, absorvendo água e diversos outros elementos, como nutrientes e eventuais produtos químicos. Assim, após a germinação das sementes, não importa em que local os cotilédones ficarão, pois todos os ingredientes presentes no solo durante a embebição já foram absorvidos.




    Recentemente, aprendi que muitos métodos rápidos para determinação da umidade das sementes são indiretos, através de condutividade elétrica, e necessitam de aferições periódicas. Em casos, cuja semente foi recentemente retirada do secador intermitente, e assim, a umidade interna ainda se apresenta acima da verificada na superfície, haveria possibilidade de ocorrer imprecisão na leitura?

    Os métodos rápidos de determinação da umidade das sementes são bastante úteis, entretanto necessitam de precauções como essa mencionada no processo de secagem e de aferição periódica, pois podem apresentar desequilíbrios após determinado tempo e sucessivo uso. Assim, recomenda-se aferir uma vez ao ano.



    Durante a colheita de soja, frequentemente observo sementes com tegumento rasgado, sem haver influência mecânica. Por acaso, isto poderia influenciar o teste de hipoclorito para a mensuração de dano?

    Conforme experiência pessoal, caso a cultivar apresente predominância significativa das sementes com rompimento, ao redor de 30% das sementes entumecidas no teste de hipoclorito (acusando dano mecânico), isto será devido à integridade prejudicada do tegumento. Vale ressaltar que sementes com tegumento rasgado em soja ainda apresentam riscos posteriores de redução de qualidade durante todas as operações de pós-colheita, como beneficiamento, tratamento e armazenamento. 

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