Pesquisadores do laboratório de Sebastian Soyk na Universidade Suíça de Lausanne (UNIL) usaram a tecnologia de edição de genes para alterar um dos aproximadamente 850 milhões de pares de bases de DNA no gene do tomate e reparar uma mutação de domesticação desfavorável.

   Os pesquisadores usaram a edição de genes para reparar uma mutação existente no tomate, a segunda hortaliça mais consumida no mundo. A estudante de doutorado Anna Glaus primeiro selecionou e depois investigou as plantas mutadas e reparadas. Glaus caracterizou 72 plantas e colheu 4.500 frutos em dois dias consecutivos, classificados por tamanho, peso e maturidade (vermelho ou verde). O teor de açúcar também foi medido.

*Tomate com mutação natural desfavorável (à esquerda) e tomateiro com mutação reparada por edição de genes (à direita). O reparo da mutação leva à produção mais precoce de frutos. (Escala: 7,5cm). Crédito da imagem: Anna Glaus, UNIL.

   Ao reparar a mutação prejudicial da domesticação através da edição do genoma, os investigadores obtiveram uma variedade de tomate que produz frutos mais precoces. Tendo em conta a moratória suíça que proíbe o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM), que expira em junho de 2025, este novo estudo é instigante. “Mostramos aqui as múltiplas aplicações da edição do genoma e seus benefícios para a agricultura”, afirma Anna Glaus.

   Com a edição do genoma, temos agora as ferramentas disponíveis para reescrever com precisão o código genético e tornar o melhoramento das culturas mais previsível", afirma Sebastian Soyk.

   Para mais detalhes, leia o comunicado de imprensa da UNIL (em francês) em: https://www.unil.ch/news/1729603470759