O Governo boliviano deu luz verde para o uso da biotecnologia no país com a autorização do evento Soja Intacta OGM na próxima safra. A produção será destinada exclusivamente a aditivos vegetais para fabricação de biocombustíveis.

   Durante a Cúpula Nacional sobre Terra e Território, Produção e Meio Ambiente, em San Julián, o Ministro do Meio Ambiente e Águas, Alan Lisperguer, entregou a resolução ao representante dos grupos interculturais de Santa Cruz.

   “Autorizar o evento OGM Soya Intacta MON87701 x MON89788”, afirma o documento que a autoridade leu no seu segundo ponto.

   O ministro garantiu que a aprovação do evento é importante para o enfrentamento da crise climática; e alertou que será feito monitoramento e controle para “fazer valer o uso exclusivo para produção de aditivos vegetais”.

   “Irmãos, tivemos um bloqueio em San Julián por causa da biotecnologia; “Nós, como governo nacional, respondemos a esta exigência da família intercultural”, disse a autoridade.

   Da mesma forma, esclareceu que o Governo pretende beneficiar, sobretudo, os pequenos produtores com um modelo que implemente a biotecnologia; e que permite que todos tenham acesso ao uso de diferentes recursos naturais.

   O uso da biotecnologia é um pedido antigo dos produtores do leste da Bolívia. No ano passado, após reunião com o presidente Luis Arce, foram montadas mesas de trabalho para avaliar técnica e legalmente a autorização de sementes melhoradas.

   Em agosto, o Governo esclareceu que estava a analisar o pedido “em primeira instância” para a produção de biodiesel e assim deixar de importar combustível em grandes quantidades.

   Em setembro, o gerente da Anapo, Jaime Hernández, disse que com a utilização da soja Intacta, pretendem produzir mais 90 mil toneladas do grão.

*Esta notícia foi escrita por “La Razón” e pode ser acessada em seu idioma original através de: https://www.la-razon.com/economia/2024/10/19/luz-verde-a-la-biotecnologia-el-gobierno-aprueba-el-uso-de-la-semilla-de-soya-intacta/